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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL E UM MARAVILHOSO 2011 A TODOS!

domingo, 12 de dezembro de 2010

Festa para o Sr. Exu Tatá Caveira



Dia 18 de dezembro estaremos realizando nossa última gira do ano de 2010 na força de nossos guardiões e guardiãs homenageando o Exu chefe de nossa Casa Sr. Tata Caveira.
Todos estão convidados !
Pedimos a todos que tragam 1kg de alimento que será doado a entidades carentes.
Axé a todos!
Pai Otavio de Xangô

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Iemanjá 08-12


Iemanjá na Umbanda



IemanjáMãe Iemanjá, Senhora da calunga grande (mar). Sincretizada no Rio de Janeiro com Nossa Senhora da Glória comemorado em 15 de agosto. Na Umbanda, ela também recebe o título de Senhora da Coroa Estrelada.

Em São Paulo, a maior comemoração é no dia 8 de dezembro, na Praia Grande.

No Rio Grande do Sul a comemoração é no dia 2 de fevereiro, onde, Yemanjá é sincretizada com Nossa Senhora dos Navegantes. As cerimônias são comumente feitas à beira-mar, no litoral gaúcho. Também ocorrem em rios, como em Porto Alegre (Rio Guaíba). Em Santa Catarina é relizada anualmente no dia 2 de Fevereiro ma Praia Central de Balneário Camboriú a Festa em Homenagem a Yemanjá. No Rio de Janeiro a festa de Iemanjá e comemorada no dia 29 de dezembro , dois dias antes do ano novo para evitar um maior congestionamento nas praias e ruas. As oferendas lançadas ao mar para a orixa contam de palmas, rosas e flores principalmente na cor branca, seu metal e prata é seu dia e sábado. Sua saudação e Odocya .




Cores: azul claro ou branco transparente.

fonte Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Yemanjá é um dos Orixás mais conhecidos e ao mesmo tempo, o que possui o maior número de informações desencontradas e algumas vezes, até mesmo controversas. Pesquisei em vários sites, li diversos livros, até revistas e impressos, e me impressionei como a cultura africana toma diversos aspectos diante da visão humana, e como perdemos algumas raízes ao adaptar os cultos e rituais. Tentei encontrar algumas informações novas.

O termo sagrado Yemanjá primitivamente era “YemanyArth”, sendo posteriormente fonetizado como Yemanjá. Recentemente, outros povos, inclusive os africanos ocidentais, fonetizaram este termo sagrado como YEOMOEJÁ, que no Brasil, trouxemos para Yemonja ou Yemoja. No rito Jeje é Abe, representada pela Estrela Guia; no rito Angola é Dandalunda ou Quissimbe.
Podemos dizer muitas coisas a respeito deste Orixá, mas tudo se resumiria em dizer: Orixá Mãe!. Yemanjá é conhecidíssima, respeitada e amada. É reverenciada por outros nomes tais como: Mãe d´água, Janaína, Iara, Sereia, Princesa do Mar, Marbô, Inaê, Mucunã, Rainha do Mar, Rainha das Águas, entre tantos outros.

É uma divindade muito popular no Brasil e em Cuba. Seu AXÉ é assentado sobre pedras marinhas e conchas, guardadas em alguidar enfeitados com ileke (colares) e lenços de suas cores. Podem ainda ser colocadas numa porcelana azul. Sete são as pedras que servem de base ao assentamento de Yemanjá. Cada pedra é um “fundamento”, a morada de um Orixá, e é acompanhada por outras em número correspondente à marca ou cifra que simboliza a divindade.

Os atributos (“ferramentas”) de Yemanjá são elaborados em prata, aço, latão ou chumbo, e são os seguintes: SOL (oru), LUA CHEIA (ochú), UMA ÂNCORA (dakoduro), UM SALVA-VIDAS (yika), UMA CANOA (okokeré) OU UM BARCO (oko), SETE RAMOS (alami), SETE AROS DE PRATA (bopa), UMA CHAVE (chileku) e UMA ESTRELA (irawo).

São ADORNOS EMBLEMÁTICOS desta Deusa, miniaturas de: Patos, peixes, redes, estrelas, cavalos marinhos, conchas, e tudo quanto as entranhas do mar criam.

Do seu ENXOVAL constam “marugas – acherá ou chaichá (espécie de maracá), sinetas (agogô), lenços, leques (são redondos e bordados com búzios e contas) e iruquerés (tipo espanta-moscas, conhecidos como “rabos”) enfeitados com contas azuis e brancas.

Yemanjá têm seus animais e pratos preferidos, mas todos os seus filhos devem conhecer aqueles de que todos os Orixás mais gostam e constituem seu “cardápio ritual”, pois estão obrigados a fazer oferendas a todos eles. “Um Santo não consente que, quando se dá de comer a ele, os demais não comam e, por cortesia, o Orixá principal da pessoa a quem se oferece uma comida é o último a quem se sacrifica e o último que come”. A Ela fazem-se oferendas de carneiro, pato e pratos preparados à base de milho branco, azeite, sal e cebola.

O sábado é o dia da semana que lhe é consagrado, juntamente com outras divindades femininas. Seus adeptos usam colares de contas de vidro transparentes e vestem-se, de preferência, de azul-claro e branco.

Diz-se na Bahia que há sete Yemanjás, mas em Cuba, Lydia Cabrera, dá sete nomes igualmente, especificando bem que apenas uma Iemanjá existe, à qual se chega por sete caminhos – “não existe mais do que uma única Yemanjá, uma só, com sete caminhos” – avantares.

São sete as “qualidades” (caminhos) de Yemanjá:

1. Yemanjá AWOYÓ:
A primogênita. A mais velha das Yemanjás e dos mais ricos trajes; usa sete saias para guerrear e defender seus filhos. Ela vive distante no mar e repousa na lagoa; come carneiro e, quando sai a passeio, usa as jóias de Olokum e coroa-se com Oxumarê, o arco-íris.

2. Yemanjá OKETÉ (OGUTÉ, OKUTÍ ou KUBINI)
É a guardiã de Olokum. A do azul pálido (claro), está nos arrecifes da costa (porteira de Olokum). Encontra-se tanto no mar, no rio, na laguna, quanto na mata. Yemanjá, nesta qualidade, é mulher do deus da guerra e dos ferros, OGUM. Come (recebe sacrifícios) em sua companhia e os aceita tanto no mar quanto no matagal. Quando guerreia leva pendentes da cintura o facão e as demais ferramentas de Ogum. Ela trabalha muito, é severa, rancorosa e violenta. É uma temível amazona.

3. Yemanjá MAYALEO ou MAYELEWO:
Mora nos bosques, em um pequeno poço ou manancial, que sua presença torna inesgotável. Nesse caminho, assemelha-se à sua irmã Oxum Ikolé, porque é feiticeira. Tem estreitas ligações com Ogum. Tímida e reservada, incomoda-se quando se toca o rosto de sua iaô e retira-se da festa.

4. Yemanjá AYABÁ ou ACHABÁ
Nesta qualidade, Yemanjá é perigosíssima, sábia e muito voluntariosa. Usa no tornozelo uma corrente de prata. Seu olhar é irresistível e seu ar é altaneiro. Foi mulher de Orunmilá, e Ifá sempre acata sua palavra. Para ouvir seus fiéis costuma ficar de costas. Suas amarrações jamais podem ser desatadas.

5. Yemanjá KONLÉ ou KONLÁ:
A da espuma. Está na ressaca da maré; enreda e envolta em um mato de algas e limo. Por ser navegante, vive nas hélices dos barcos.

6. Yemanjá AKUARA:
A das duas águas – Yemanjá na confluência de um rio. Ali encontra-se com sua irmã Oxum. Mora na água doce, gosta de dançar, é alegre e muito correta; Não pratica malefícios. Cuida dos doentes, prepara remédios, amarra abicus.

7. Yemanjá ASESU:
É a mensageira de Olokum, a da água turva, suja. Muito séria e trabalhadora.; vai no esgoto, nas latrinas e cloacas. Recebe suas oferendas na companhia dos mortos. É muito lenta em atender seus fiéis, pois conta meticulosamente as penas do pato a ela sacrificado, e caso se engane na conta, começa de novo e essa operação se prolonga indefinidamente.

A Linha de Yemanjá, também chamada de linha do POVO DO MAR ou POVO D’ÁGUA, se apresentam na Umbanda na forma de caboclas; gostam de trabalhar com água do mar ou água com sal grosso, Perfumes e espelhos (elementos que também servem para uma oferenda para as entidades no nível de protetoras e não no nível de guias e orixás). Fazem uso da mecânica de incorporação emitindo sons que são verdadeiros mantras que são confundidos por lamentos devido a associação do canto das sereias. Nada impede que médiuns homens trabalhem com essas entidades pois todos tem o equilíbrio dentro de si.

O Orixá Ancestral é representado no planeta Terra (no plano físico e astral) pelos 7 “Orixás Menores”. Na Vibração de Yemanjá são: Cabocla YARA; Cabocla ESTRELA DO MAR; Cabocla DO MAR; Cabocla INDAYÁ; Cabocla INHASSÃ; Cabocla NANÃ-BURUCUN; Cabocla OXUM. Abaixo dessas Entidades, temos os GUIAS de Yemanjá: Caboclo DO MAR; Cabocla CINDA; Cabocla 7 LUAS; Cabocla JUÇANÃ; Cabocla JANDIRA e outros. Ainda dentro da Hierarquia Sagrada, logo abaixo, temos os PROTETORES. Dentre eles citarei: Cabocla LUA NOVA; Cabocla ROSA BRANCA; Cabocla DA PRAIS; Cabocla JACY; Cabocla CaboclaDA CONCHA DOURADA; Caboclo 7 CONCHAS e outros.

NUNCA DEVEMOS ESQUECER QUE: Yemanjá é sensível às atenções ou bondades que se dispensam espontaneamente a seus filhos, e também aprecia e recompensa aqueles que são respeitoso e lhe demonstram consideração. Em todos os momentos graves, os Orixás pedem conselhos a Yemanjá, a Deusa progenitora, muito sábia e dona do mais precioso dos princípios vitais.

Iá nlá, Iyá Oyibó, Iyá erú, Iyá, mi lánu…

http://www.umbandavirtual.byhost.com.br

Fontes:
O arcano dos sete orixás – (OMBHANDHUM) de Rivas Neto
Yemanjá e Oxum de Lydia Cabrera
UUCAB – União Umbandista dos Cultos Afro Brasileiro
Folha Umbandista e Revista dos Orixás.



domingo, 28 de novembro de 2010

Pai élcio de Oxalá lança seu novo CD "O Caminho"!


Pai Élcio de Oxalá está lançando seu novo cd com o título "O Caminho" que conta com 21 faixas com belos pontos cantados com sua voz marcante.
Vale a pena adquirir o conferir os variados pontos cantados por ele .
Eu Recomendo!
Esse CD não pode faltar para nós Umbandistas!

Maiores informações:
http://elciodeoxala.wordpress.com/
e-mail paielciodeoxala@yahoo.com.br

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

POSTURAS

Salve a todos!
Hoje estou refletindo sobre o quanto a Umbanda precisa de PAZ entre seus participantes ou adeptos .
Pois vejo que ela nos mostra uma abrangencia de informações tão grandes e sempre as pessoas ficam presas nos grilhões do tempo.
Haverá um dia onde a manifestação do espirito não será mais necessaria entre os encarnados , pois esses ja vão poder se guiar sozinho no seu caminho de evolução , mas para esse dia chegar precisamos nos reeducar com nossas posturas e aceitações , afinal a Umbanda prega a Paz , o Amor entre outros e principalmente a humildade de saber que somos hoje meros aprendizes do destino .
Não existe afinidade entre casas ,entre dirigentes nem entre filhos e isso é muito triste pois o Amor se esvai e o desapego com o que aprendemos vai se alastrando como um fogo no mato seco de nossa conciência e quando nos damos conta esse fogo está incontrolável.
Portanto irmãos umbandistas mais uma vez repito , atine-se no exemplo de nossos bons guias e mentores que apesar de toda difrerença de "Arquétipo" existente entre eles todos se ajudam e se completam em seus trabalhos , ninguém faz nada sozinho .
Busque o conhecimento sobre sua religião , mas também principalmente busque de você o seu próprio conhecimento do que você espera dela ,para não se frustrar como muitos.
A religião não é um balcão de negócios nem um out-door para promoção de alguns e sim algo muito mais profundo e complexo que a nossa mente fechada muitas vezes não deixa florescer.
Acredite em você e no seu potencial de viver plenamente o que os Guias e Orixás lhe ensinam , pois se eles ainda não te ensinaram tudo é porque eles esperam que você se esforçe mais um pouco para merecer esse aprendizado , pois uma pessoa só vai te dar o número da conta do banco dela se confiar muito na sua pessoa .
E essa analogia pode ser até "chula" para alguns , mas no meu ponto de vista é verdadeira no sentido de mostrar que quem tem que provar algo para os guias somos nós e não o contrario como muitos fazem!
Ame a umbanda , mas principalmente viva ela no seu coração e aprenda com ela .
Afinal os exemplos são sempre passados e se não são absorvidos é porque a vossa conciência precisa ser limpa dos pesos acumulados durante sua jornada até aqui.
LIVRE-SE DOS GRILHÕES!
Axé a todos!
Pai Otavio de Xangô

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

dia 04 de dezembro eparrei Oyá salve nossa Mãe Iansã!


Iansã, ou Oyá, é um orixá cuja figura, no Brasil, é sincretizada com Santa Bárbara, católica.

Senhora dos ventos, dos raios e das tempestades, é representada com um alfange e uma cauda de animal nas mãos, e com um chifre de búfalo na cintura.

Nas lendas provenientes do Candomblé, Iansã foi mulher de Ogum e depois de Xangô, seu verdadeiro amor. Xangô roubou-a de Ogum.

É a Iyabá de temperamento mais forte, dotada de uma força bélica que encontra correspondência, pelo lado masculino, em Ogum. Esse temperamento afirma-lhe a qualidade de guerreira e de líder, mas não de mãe, como Oxum ou Yemanjá, mesmo tendo tido nove filhos de Ogum.

Na liturgia da Umbanda, Iansã é senhora dos eguns, os espíritos dos mortos, menos cultuados no Candomblé.

Na Umbanda a guia de Iansã é de cor amarela e no Candomblé é vermelha.

No Candomblé também é chamada de Oyá.




Dia da semana: quarta-feira
Saudação: Eparrei

Iansã é um Orixá feminino muito famoso no Brasil, sendo figura das mais populares entre os mitos da Umbanda e do Candomblé em nossa terra e também na África, onde é predominantemente cultuada sob o nome de Oiá. É um dos Orixás do Candomblé que mais penetrou no sincretismo da Umbanda, talvez por ser o único que se relaciona, na liturgia mais tradicional africana, com os espíritos dos mortos (Eguns), que têm participação ativa na Umbanda, enquanto são afastados e pouco cultuados no Candomblé. Em termos de sincretismo, costuma ser associada à figura católica de Santa Bárbara. Iansã costuma ser saudada após os trovões, não pelo raio em si (propriedade de Xangô ao qual ela costuma ter acesso), mas principalmente porque Iansã é uma das mais apaixonadas amantes de Xangô, e o senhor da justiça não atingiria quem se lembrasse do nome da amada. Ao mesmo tempo, ela é a senhora do vento e, conseqüentemente, da tempestade.
Nas cerimônias da Umbanda e do Candomblé, Iansã, ela surge quando incorporada a seus filhos, como autêntica guerreira, brandindo sua espada, e ao mesmo tempo feliz. Ela sabe amar, e gosta de mostrar seu amor e sua alegria contagiantes da mesma forma desmedida com que exterioriza sua cólera.
Como a maior parte dos Orixás femininos cultuados inicialmente pelos iorubás, é a divindade de um rio conhecido internacionalmente como rio Níger, ou Oiá, pelos africanos, isso, porém, não deve ser confundido com um domínio sobre a água.
A figura de Iansã sempre guarda boa distância das outras personagens femininas centrais do panteão mitológico africano, se aproxima mais dos terrenos consagrados tradicionalmente ao homem, pois está presente tanto nos campos de batalha, onde se resolvem as grandes lutas, como nos caminhos cheios de risco e de aventura - enfim, está sempre longe do lar; Iansã não gosta dos afazeres domésticos.
É extremamente sensual, apaixona-se com freqüência e a multiplicidade de parceiros é uma constante na sua ação, raramente ao mesmo tempo, já que Iansã costuma ser íntegra em suas paixões; assim nada nela é medíocre, regular, discreto, suas zangas são terríveis, seus arrependimentos dramáticos, seus triunfos são decisivos em qualquer tema, e não quer saber de mais nada, não sendo dada a picuinhas, pequenas traições. É o Orixá do arrebatamento, da paixão.
Foi esposa de Ogum e, posteriormente, a mais importante esposa de Xangô. é irrequieta, autoritária, mas sensual, de temperamento muito forte, dominador e impetuoso. É dona dos movimentos (movimenta todos os Orixás), em algumas casas é também dona do teto da casa, do Ilê.
Iansã é a Senhora dos Eguns (espíritos dos mortos), os quais controla com um rabo de cavalo chamado Eruexim - seu instrumento litúrgico durante as festas, uma chibata feita de rabo de um cavalo atado a um cabo de osso, madeira ou metal.
É ela que servirá de guia, ao lado de Obaluaiê, para aquele espírito que se desprendeu do corpo. É ela que indicará o caminho a ser percorrido por aquela alma. Comanda também a falange dos Boiadeiros.
Duas lendas se formaram, a primeira é que Iansã não cortou completamente relação com o ex-esposo e tornou-se sua amante; a segunda lenda garante que Iansã e Ogum, tornaram-se inimigos irreconciliáveis depois da separação.
Iansã é a primeira divindade feminina a surgir nas cerimônias de cultos afro-brasileiros.
Deusa da espada do fogo, dona da paixão, da provocação e do ciúme. Paixão violenta, que corrói, que cria sentimentos de loucura, que cria o desejo de possuir, o desejo sexual. É a volúpia, o clímax. Ela é o desejo incontido, o sentimento mais forte que a razão. A frase estou apaixonado, tem a presença e a regência de Iansã, que é o orixá que faz nossos corações baterem com mais força e cria em nossas mentes os sentimentos mais profundos, abusados, ousados e desesperados. É o ciúme doentio, a inveja suave, o fascínio enlouquecido. É a paixão propriamente dita. É a falta de medo das conseqüências de um ato impensado no campo amoroso. Iansã rege o amor forte, violento.





Características

Cor
Coral (amarelo)

Fio de Contas
Coral (marrom, bordô, vermelho, amarelo)

Ervas
Cana do Brejo, Erva Prata, Espada de Iansã, Folha de Louro (não serve para banho), Erva de Santa Bárbara, Folha de Fogo, Colônia, Mitanlea, Folha da Canela, Peregum amarelo, Catinga de Mulata, Parietária, Para Raio (Catinga de mulata, Cordão de frade, Gerânio cor-de-rosa ou vermelho, Açucena, Folhas de Rosa Branca)

Símbolo
Raio (Eruexim -cabo de ferro ou cobre com um rabo de cavalo)

Pontos da Natureza
Bambuzal

Flores
Amarelas ou corais

Essências
Patchouli

Pedras
Coral, Cornalina, Rubi, Granada

Metal
Cobre

Saúde


Planeta
Lua e Júpiter

Dia da Semana
Quarta-feira

Elemento
Fogo

Chacra
Frontal e cardíaco

Saudação
Eparrei Oiá

Bebida
Champanhe

Animais
Cabra amarela, Coruja rajada

Comidas
Acarajé (Ipetê, Bobó de Inhame)

Numero
9

Data Comemorativa
4 de dezembro

Sincretismo
Sta. Bárbara, Joana d’arc.

Incompatibilidades Rato, Abóbora.

Qualidades
Egunitá, Onira, Balé, Oya Biniká, Seno, Abomi, Gunán, Bagán, Kodun, Maganbelle, Yapopo, Onisoni, Bagbure, Tope, Filiaba, Semi, Sinsirá, Sire, Oya Funán, Fure, Guere, Toningbe, Fakarebo, De, Min, Lario, Adagangbará.




Atribuições
Uma de suas atribuições é colher os seres fora-da-Lei e, com um de seus magnetismos, alterar todo o seu emocional, mental e consciência, para, só então, redirecioná-lo numa outra linha de evolução, que o aquietará e facilitará sua caminhada pela linha reta da evolução.



As Características Dos Filhos De Iansã

Seu filho é conhecido por seu temperamento explosivo. Está sempre chamando a atenção por ser inquieto e extrovertido. Sempre a sua palavra é que vale e gosta de impor aos outros a sua vontade. Não admite ser contrariado, pouco importando se tem ou não razão, pois não gosta de dialogar. Em estado normal é muito alegre e decidido. Questionado torna-se violento, partindo para a agressão, com berros, gritos e choro. Tem um prazer enorme em contrariar todo tipo de preconceito. Passa por cima de tudo que está fazendo na vida, quando fica tentado por uma aventura. Em seus gestos demonstra o momento que está passando, não conseguindo disfarçar a alegria ou a tristeza. Não tem medo de nada. Enfrenta qualquer situação de peito aberto. É leal e objetivo. Sua grande qualidade, a garra, e seu grande defeito, a impensada franqueza, o que lhe prejudica o convívio social.
Iansã é a mulher guerreira que, em vez de ficar no lar, vai à guerra. São assim os filhos de Iansã, que preferem as batalhas grandes e dramáticas ao cotidiano repetitivo.
Costumam ver guerra em tudo, sendo portanto competitivos, agressivos e dados a ataques de cólera. Ao contrário, porém, da busca de certa estratégia militar, que faz parte da maneira de ser dos filhos de Ogum, os filhos de Iansã costumam ser mais individualistas, achando que com a coragem e a disposição para a batalha, vencerão todos os problemas.
São fortemente influenciados pelo arquétipo da deusa aquelas figuras que repentinamente mudam todo o rumo da sua vida por um amor ou por um ideal. Talvez uma súbita conversão religiosa, fazendo com que a pessoa mude completamente de código de valores morais e até de eixo base de sua vida, pode acontecer com os filhos de Iansã num dado momento de sua vida.
Da mesma forma que o filho de Iansã revirou sua vida uma vez de pernas para o ar, poderá novamente chegar à conclusão de que estava enganado e, algum tempo depois, fazer mais uma alteração - tão ou mais radical ainda que a anterior.
São de Iansã, aquelas pessoas que podem ter um desastroso ataque de cólera no meio de uma festa, num acontecimento social, na casa de um amigo - e, o que é mais desconcertante, momentos após extravasar uma irreprimível felicidade, fazer questão de mostrar, à todos, aspectos particulares de sua vida.
Os Filhos de Iansã são atirados, extrovertidos e chocantemente diretos. Às vezes tentam ser maquiavélicos ou sutis, mas, a longo prazo, um filho de Iansã sempre acaba mostrando cabalmente quais seus objetivos e pretensões.
Têm uma tendência a desenvolver vida sexual muito irregular, pontilhada por súbitas paixões, que começam de repente e podem terminar mais inesperadamente ainda. Se mostram incapazes de perdoar qualquer traição - que não a que ele mesmo faz contra o ser amado. Enfim, seu temperamento sensual e voluptuoso pode levá-las a aventuras amorosas extraconjugais múltiplas e freqüentes, sem reserva nem decência, o que não as impede de continuarem muito ciumentas dos seus maridos, por elas mesmas enganados. Mas quando estão amando verdadeiramente são dedicadas a uma pessoa são extremamente companheiras.
Todas essas características criam uma grande dificuldade de relacionamentos duradouros com os filhos de Iansã. Se por um lado são alegres e expansivos, por outro, podem ser muito violentos quando contrariados; se têm a tendência para a franqueza e para o estilo direto, também não podem ser considerados confiáveis, pois fatos menores provocam reações enormes e, quando possessos, não há ética que segure os filhos de Iansã, dispostos a destruir tudo com seu vento forte e arrasador.
Ao mesmo tempo, costumam ser amigos fiéis para os poucos escolhidos ara seu círculo mais íntimo.



Cozinha ritualística

Ipetê
Cozinhe inhames descascados em água pura sem sal. Frite, a seguir, os inhames cozidos e cortados em rodelas no azeite de dendê e separe. No próprio azeite que usou para a fritura, coloque o camarão seco descascado e picado e salsa, de modo a fazer um "molho". Coloque os inhames fritos num prato e regue-os com esse "molho".

Acarajé
Na véspera, ponha o feijão fradinho de molho. No dia seguinte, ele estará bem inchado. Descasque o feijão - grão por grão - retirando o olho preto, e passe na chapa mais fina da máquina de moer carne. Bata bastante para que a massa fique leve, isto é, até arrebentarem bolhas. Tempere com sal e a cebola ralada. Ponha uma frigideira no fogo com azeite de dendê e aí frite os acarajés às colheradas (com uma colher das de sopa), formando, assim, os bolinhos. Depois de fritos, reserve-os e prepare o molho: soque juntos a cebola, os camarões secos, as pimentas e o dente de alho. Depois de tudo bem socado e triturado, refogue em uma xícara de azeite de dendê. Sirva os acarajés abertos com o molho, tudo bem quente.

Bobó de inhame
Cozinhe os inhames com a casca e deixe-os escorrer para que fiquem bem enxutos. Amasse-os. Ponha o azeite de dendê numa panela, junte os camarões secos, a cebola, o alho, o gengibre, a pimenta e uma colherinha de sal. Refogue bem. Acrescente os camarões frescos, inteiros, e refogue mais um pouco. Junte o inhame amassado como um purê pouco a pouco, às colheradas, mexendo sempre. Cozinhe até endurecer.



Lendas De Iansã



Iansã Passa a Dominar o Fogo
Xangô enviou-a em missão na terra dos baribas, a fim de buscar um preparado que, uma vez ingerido, lhe permitiria lançar fogo e chamas pela boca e pelo nariz. Oiá, desobedecendo às instruções do esposo, experimentou esse preparado, tornando-se também capaz de cuspir fogo, para grande desgosto de Xangô, que desejava guardar só para si esse terrível poder.

Como os chifres de búfalo vieram a ser utilizados no ritual do culto de Oià-Iansã
Ogum foi caçar na floresta. Colocando-se à espreita, percebeu um búfalo que vinha em sua direção. Preparava-se para matá-lo quando o animal, parando subitamente, retirou a sua pele. Uma linda mulher apareceu diante de seus olhos, era Iansã. Ela escondeu a pele num formigueiro e dirigiu-se ao mercado da cidade vizinha. Ogum apossou-se do despojo, escondendo-o no fundo de um depósito de milho, ao lado de sua casa, indo, em seguida, ao mercado fazer a corte à mulher-búfalo. Ele chegou a pedi-la em casamento, mas Oiá recusou inicialmente. Entretanto, ela acabou aceitando, quando de volta a floresta, não mais achou a sua pele. Oiá recomendou ao caçador a não contar a ninguém que, na realidade, ela era um animal. Viveram bem durante alguns anos. Ela teve nove crianças, o que provocou o ciúme das outras esposas de Ogum. Estas, porém, conseguiram descobrir o segredo da aparição da nova a mulher. Logo que o marido se ausentou, elas começaram a cantar: 'Máa je, máa mu, àwo re nbe nínú àká', 'Você pode beber e comer (e exibir sua beleza), mas a sua pele está no depósito (você é um animal)'.
Oiá compreendeu a alusão; encontrando a sua pele, vestiu-a e, voltando à forma de búfalo, matou as mulheres ciumentas. Em seguida, deixou os seus chifres com os filhos, dizendo: 'Em caso de necessidade, batam um contra o outro, e eu virei imediatamente em vosso socorro.' É por essa razão que chifres de búfalo são sempre colocados nos locais consagrados a Iansã.

As Conquistas de Iansã
Iansã percorreu vários reinos, foi paixão de Ogum, Oxaguian, Exu, Oxossi e Logun-Edé. Em Ifé, terra de Ogum, foi a grande paixão do guerreiro. Aprendeu com ele e ganhou o direito do manuseio da espada. Em Oxogbô, terra de Oxaguian, aprendeu e recebeu o direito de usar o escudo. Deparou-se com Exu nas estradas, com ele se relacionou e aprendeu os mistérios do fogo e da magia. No reino de Oxossi, seduziu o deus da caça, aprendendo a caçar, tirar a pele do búfalo e se transformar naquele animal (com a ajuda da magia aprendida com Exu). Seduziu o jovem Logun-Edé e com ele aprendeu a pescar. Iansã partiu, então, para o reino de Obaluaiê, pois queria descobrir seus mistérios e até mesmo conhecer seu rosto, mas nada conseguiu pela sedução. Porém, Obaluaiê resolveu ensinar-lhe a tratar dos mortos. De início, Iansã relutou, mas seu desejo de aprender foi mais forte e aprendeu a conviver com os Eguns e controlá-los. Partiu, então, para Oyó, reino de Xangô, e lá acreditava que teria o mais vaidoso dos reis, e aprenderia a viver ricamente. Mas, ao chegar ao reino do deus do trovão, Iansã aprendeu muito mais, aprendeu a amar verdadeiramente e com uma paixão violenta, pois Xangô dividiu com ela os poderes do raio e deu a ela o seu coração.



Iansã Ganha de Obaluaiê o Poder Sobre os Mortos
Chegando de viagem à aldeia onde nascera, Obaluaiê viu que estava acontecendo uma festa com a presença de todos os orixás. Obaluaiê não podia entrar na festa, devido à sua medonha aparência. Então ficou espreitando pelas frestas do terreiro. Ogum, ao perceber a angústia do Orixá, cobriu-o com uma roupa de palha, com um capuz que ocultava seu rosto doente, e convidou-o a entrar e aproveitar a alegria dos festejos. Apesar de envergonhado, Obaluaiê entrou, mas ninguém se aproximava dele, nenhuma mulher quis dançar com ele.
Iansã tudo acompanhava com o rabo do olho. Ela compreendia a triste situação de Obaluaiê e dele se compadecia. Iansã esperou que ele estivesse bem no centro do barracão. O xirê (festa, dança, brincadeira) estava animado. Os orixás dançavam alegremente com suas ekedes. Iansã chegou então bem perto dele e soprou suas roupas de palha com seu vento. Nesse momento de encanto e ventania, as feridas de Obaluaiê pularam para o alto, transformadas numa chuva de pipocas, que se espalharam brancas pelo barracão. Obaluaiê, o deus das doenças, transformara-se num jovem belo e encantador.
O povo o aclamou por sua beleza. Obaluaiê ficou mais do que contente com a festa, ficou grato. E, em recompensa, dividiu com ela o seu reino. Iansã então dançou e dançou de alegria. Para mostrar a todos seu poder sobre os mortos, quando ela dançava agora, agitava no ar o eruexim (o espanta-mosca com que afasta os eguns para o outro mundo). Iansã tornou-se Iansã de Balé, a rainha dos espíritos dos mortos, a condutora dos eguns, rainha que foi sempre a grande paixão de Obaluaiê.


Iansã - Orixá dos Ventos e da Tempestade !!!
Oxaguiam (Oxalá novo e guerreiro) estava em guerra, mas a guerra não acabava nunca, tão poucas eram as armas para guerrear. Ogum fazia as armas, mas fazia lentamente. Oxaguiam pediu a seu amigo Ogum urgência, Mas o ferreiro já fazia o possível. O ferro era muito demorado para se forjar e cada ferramenta nova tardava como o tempo. Tanto reclamou Oxaguiam que Oiá, esposa do ferreiro, resolveu ajudar Ogum a apressar a fabricação. Oiá se pôs a soprar o fogo da forja de Ogum e seu sopro avivava intensamente o fogo e o fogo aumentado derretia o ferro mais rapidamente. Logo Ogum pode fazer muitas armas e com as armas Oxaguiam venceu a guerra. Oxaguiam veio então agradecer Ogum. E na casa de Ogum enamorou-se de Oiá. Um dia fugiram Oxaguiam e Oiá, deixando Ogum enfurecido e sua forja fria. Quando mais tarde Oxaguiam voltou à guerra e quando precisou de armas muito urgentemente, Oiá teve que voltar a avivar a forja. E lá da casa de Oxaguiam, onde vivia, Oiá soprava em direção à forja de Ogum. E seu sopro atravessava toda a terra que separava a cidade de Oxaguiam da de Ogum. E seu sopro cruzava os ares e arrastava consigo pó, folhas e tudo o mais pelo caminho, até chegar às chamas com furor. E o povo se acostumou com o sopro de Oiá cruzando os ares e logo o chamou de vento. E quanto mais a guerra era terrível e mais urgia a fabricação das armas, mais forte soprava Oiá a forja de Ogum. Tão forte que às vezes destruía tudo no caminho, levando casas, arrancando árvores, arrasando cidades e aldeias. O povo reconhecia o sopro destrutivo de Oiá e o povo chamava a isso tempestade.

fontes:http://www.casaiemanjaiassoba.com.br/iansa.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ians%C3%A3

terça-feira, 16 de novembro de 2010

102 anos de Umbanda

Essa semana dia 15 a nossa amada Umbanda completou 102 anos , muito tempos para alguns , mas para uma religião é um ciclo pequeno de existencia pois o plano Divino para nossa religião ainda é muito maior.
Vejo que a Umbanda está em formação pois apesar dos 102 anos de existência em nosso plano , ela prepara-nos para um caminho evolutivo ou via evolutiva maior que imaginamos e que para muitos ainda é como um quebra cabeça de dificil conclusão.
Quando o caboclo das 7 Encruzilhadas veio trazer sua palavra disse que seria uma religião da pratica para caridade a todos os seres , com os mais evoluidos aprenderemos e aos mais atrazados ensinaremos , essa é uma das máximas da Umbanda , preconizada no plano espiritual para abranger o maior números de almas para religar ao ciclo evolutivo natural da vida.
A Umbanda é assim fala todas as linguas , abrange todas as frestas e alcança a todos que querem ter a humildade de aprender , afinal sem ela não aprendemos nada pois quem acha que sabe tudo não consegue absorver ensinamento algum.
Umbanda é religião e acho que está na hora de ser vista com todos seus fundamentos , ritos preceitos e passagens , afinal todos que procuram uma igreja vão para se religar e se realinhar com a seara divina , em miudos todos vão na igreja para "rezar" , mas no terreiro ínfelismente muitos apenas vão para pedir , seja emprego , um "amor" entre outras coisas.
Entendamos que temos a nossa disposição entre aspas um panteão imenso de entidades que nos permeiam em seus trabalhos e procuramos apenas soluções praticas para aliviar nosso fardos que muitas vezes nós mesmos criamos.
Por isso atente-se e procure enxergar um terreiro como uma porta do Divino aberta para que possamos ter um entendimento um pouco mais profundo sobre nossa existencia na matéria.
Aprenda com nosso amigos espirtuais e siga susas palavras que com certeza seus caminhos se abrirão sem que haja cobranças interna ou externas.
102 DE UMBANDA!
Salve a todos Pais e Mães Orixás e nossos guias e mentores!
PARABÉNS UMBANDA QUERIDA QUE TANTA LUZ TRAZ A NOSSA VIDA!
Pai Otavio de Xangô

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Oração à São Miguel Arcanjo


Amado São Miguel Arcanjo,

herói e príncipe dos exércitos celestes,

nosso maior condutor depois do Cristo Jesus,

Dignai-vos a permanecer conosco,

protegendo-nos, incentivando-nos, dando-nos força e ânimo

para prosseguirmos nossa jornada rumo à luz !

Amado São Miguel Arcanjo, padroeiro do Brasil,

incansável lutador na batalha incessante contra o mal,

que o bem triunfe sempre e que o criador o enalteça,

o eleve, o fortaleça e o proteja sempre e mais.



Amém.

CURSO DE BARALHO CIGANO DOMINGO DIA 21-11


Domingo dia 21 de novembro estaremos realizando o curso de baralho cigano , onde todos aprenderão a leitura das cartas do tarô cigano .
O curso tem inicio as 10hs e tem o custo de 90,00.
O curso será feito em 1 dia .
Venha conhecer esse Oráculo Fantástico que nos revela muito sobre os mistérios da Vida e de nossos Caminhos e aprenda a ler as cartas e conhecer o clã cigano que lhe acompanhará em suas leituras.
Inscrições pelo fone: 2061-8760 ou pelo e-mail casadexango@hotmail.com.
O Curso é apostilado e ministrado pela taróloga Lisiane .

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

1 ano de T.U. CASA DE XANGÔ


Olá a todos!

Hoje venho escrever um pouco quando vejo que nossa Casa Chega a Um ano de vida .
Vida sim pois antes de todos vocês participarem da nossa casa ela era só quatro paredes , que aos poucos foi se moldando , dando formas conforme meus Pais e Mães me orientavam.
E de um salão vazio e cheio de bagunça e pó começou um lugar que hoje com a Graça de Nosso Pai Oxalá de todos Pais e Mães Orixás dos mentores ou guias se tornou um ponto de apoio a quem precisa , e tenha certza no que depender de mim e de todos os guias de nossa casa sempre será.
Muitos filhos ja entraram , muitos sairam , pois assim como a mãe que cria o filho para a vida , a Umbanda também não prende as pessoas nos terreiros com "grilhões", e sim respeita o livre arbitrio do ir e vir , tenha certeza que guardo todos em meu coração , pois desde que comecei nesse caminho de Luz aprendi com cada um que ja passou por ele , e sei que ainda tenho muito a aprender com todos vocês.
A missão é ardua mais ao mesmo tempo, a gatificação que podemos ter que é poder doar um pouquinho de nós ao nosso semelhante já nos enxe de alegria , pois já que o Mundo é de guerra a Umbanda é de Paz , já que o Mundo é de Violência , a Umbanda é de Amor e já que o Mundo é de intolerancia , a Umbnda é de humildade , que preenche nossos corações e cura todas nossas feridas que adquirimos nesse longo caminho chamado Vida.
Nesse primeiro ano de Vida da " Casa de Xangô" gostaria de agradecer a todos , amigos e guias , gostaria de agradecer profundamente o Exu que me acompanha nessa longa jornada até aqui , salve Seu "Tatá Caveira" , obrigado por sua paciencia enorme para com esse filho seu que muitas vezes não lhe escuta, e quando escuta muitas vezes ainda duvidou de vosso plano , pois sou Humano e hoje entendo que seu plano nunca foi para comigo e sim para com todos que junto a mim incorporado, vós ajuda com sua boa vontade infinita de nos entender nos mostrando sempre com alegria como a vida pode ser maravilhosa quando a enxergamos de maneira correta , agradeço também aos puxões de orelha que me fizeram cresecr bastante e me ensinaram profundamente valores que antes não eram nem notados por mim .
Muito Obrigado e Laroyê Meu Pai Caveira sou muito Grato ao senhor por todo amparo que o senhor me deu no começo dessa jornada , e também a minha familia que tenta lhe retribuir o mesmo amor que o senhor nos mostrou.
Salve a todos os guias que sempre me ajudaram e me ajudam , Salve seu Pena Verde meu outro Paizão e mestre da escola da vida.
E claro sem esquecer de meu Pai Xangô que me cobra sempre a responsabilidade e a seriedade que esse trablho tem que ter , e que com seu machado vai tirando as pedras do meu caminho , Kaô Kabeciliê Meu Pai.
Que esse seja o primeiro de muitos e muitos anos , que possamos ajudar muitas pessoas a encontrarem essa formosa luz irradiada por todos vocês!
Nada na vida é facil , mas com o minimo de esforço da gente fazemos muito para muitos.
Axé e obrigado a todos meus Pais , Filhos , Amigos e Colaboradores!

Não tenho palavras para expressar o carinho que tenho por todos vocês!

Um Obrigado especial também a minha amada esposa Karina por toda paciencia e confiança que teve em mim para que juntos pudessemos partilhar desse dia que vai ficar gravado em minha vida e em minha alma !

Pai Otavio de Xangô

T.U. CASA DE XANGÔ

Fundado 23-10-09

"Não foi sonho muito menos utopia mas sim uma realidade que me trouxe novamente a luz para meus caminhos"

domingo, 17 de outubro de 2010

A Mídia que impera em nós!


A Mídia que impera em nós!

Todo dia religiosamente chegamos em casa do trabalho depois de mais um dia de luta, superação, conquistas ou frustrações.
Tomamos nosso banho, jantamos e sentamos no sofá para “relaxar”, ligamos a TV e começamos a ser bombardeados com noticias que nada nos agrada e nada nos agrega também, com a tecnologia em breve sairá sangue da sua TV.
Fazemos isso inconscientemente , nos acostumamos tanto com a violência que ela passa a fazer parte do nosso cotidiano.Com tudo isso fico me questionando como podemos
mudar isso se vivemos esse inconsciente coletivo de raiva, ódio e indignação.
O filme sempre é violento se não bastasse a realidade que nos envolve temos que buscar isso na ficção também, até as crianças não escapam disso pois a maioria dos desenhos sempre o gato quer “matar” o rato e vice e versa.
Nossos filhos crescem programados já para essa violência gratuita e sem propósito que impera no seu perfil transformando a juventude no que vemos nos dias de hoje.
Muitas vezes não vemos que nosso inimigo está instalado em nosso próprio cotidiano.
Não faço apologia para que ninguém assista mais TV , não é isso mas assim como podemos escolher com quem conversar , o que comer , podemos e devemos deixar que entre em nossas casas uma energia mais positiva , pois vejo que assim como uma onda de radio ou TV percorre muitos e muitos quilômetros para chegar até sua casa a energia sobre o conteúdo dessa informação também nos atinge em nossa alma.
Violência gera violência então não tem como combatê-la enquanto a mídia se faz através dela , afinal percebo que o único interesse que ela pode ter e de ploriferar esse Medo de sair de casa é para depois para te vender um remédio ou um tratamento para Síndrome do Pânico ou para Depressão.
Mas afinal você me pergunta o que isso tem com a Umbanda?
Eu respondo : quantas vezes nossos amados Guias nos dizem para manter um padrão vibratório elevado, quantos passes não são dados em uma sessão para nos descarregar ou para nos equilibrar novamente.
Sutilizar essa energia dentro de nós realinhando nossos Chacras e nossa mente , para depois nos inundarmos novamente nesse Mundo Irreal e nos bombardeamos novamente com noticias que só vão nos ligar ao baixo astral.
Será que não seja isso que eles querem?
Fica essa pergunta e meu apelo renove suas energias e mantenha elas num nível satisfatório para que você possa viver FELIZ!
Axé a todos !
Pai Otávio de Xangô

“Pra Entender o Erê!”


“Pra Entender o Erê!”

Salve a todos , esse mês comemoramos uma data importante na Umbanda , o dia de “Cosme e Damião” , onde saudamos nossos amados e queridos “Ibejis” , “Erês” enfim nossas crianças do astral , que são o colírio para nossos olhos da alma!
Vemos festas em todos terreiros com muitos doces , bexigas , carrinhos , bonecas , bolas e etc...
É muito Alegre e traz muita Paz , pois assim são as crianças trabalham na simplicidade e na inocencia pura e sublime que só elas podem representar.
Hoje me veio uma música que foi cantada pelo grupo “Cidade Negra “ que eu ouvi muito em minha juventude e hoje eu passei a entende-la que diz assim...
“Prá entender o Erê
Tem que tá moleque
Uh! Erê, Erê!
Tem que conquistar alguém
Que a consciência leve...”
Isso me trouxe na mente muitas coisas que muitas vezes em nosso cotidiano não entendemos o “Erê “ , pois na nossa vida estamos sempre acumulando cargas para carregarmos que de uma forma certeira suga todas nossas forças , e nossa alegria de viver!
Pois quando eramos crianças nos contentava-mos com um carrinho simples de plástico e quando viramos “ adultos” não nos contentamos com nosso carro de verdade e sempre achamos que o do vizinho é melhor.
Muitas vezes quando nossos filhos buscam nossa atenção pois é só isso que ele quer nossa cabeça de adulto não tem tempo para brincar com ele pois estamos preocupados com o serviço , com a conta no banco entre outras coisas.
Um dia , nos damos conta e nossos filhos já cresceram e viraram “ Aborrecentes” e ai tentamos chamar a atenção deles e eles já não querem mais pois tem vergonha porque estão virando “adultos”( irônico né).
Penso eu que por todos os problemas que vivemos não devemos nos esquecer que a vida passa rápido demais para se preocuparmos tanto com nosso cotidiano que muitas vezes nos suga e nada nos oferece em troca , e devemos aprender com o “Erê” a não perder nossa alegria de viver , de amar , de dizer “ eu te amo” como muitas vezes ouvimos.
Curta e aproveite sua familia , seus filhos , sua vida como um todo para que não envelheçamos tão rápido nossas almas , e fiquemos secos como um galho que não dá mais frutos.
Na Paz e na Alegria de “ Erê” conquistamos e alcançamos tudo sem perder a pureza das coisas , sem deixar a vida passar e você assistir tudo pela janela , e sim participar dela.
Pois como a criança que só precisa dormir no meio dos pais na cama para se sentir protegida de todo o “Mau” que na sua pureza ela imagina , devemos confiar em nosso Pai Maior que está sempre do nosso lado nos rodeando , protegendo ,amparando e sustentando !
Portanto ria , chore , ame , sinta e viva como o “Erê” para se sentir “moleque”...
Termino com outro trecho dessa música que me fez entender muito e me trouxe essa inspiração!



”O Erê, é a criança
Sincera, convicção
Fazendo a vida
Como o sol nos traz...
Você sabe
Que o sentimento não trai
Um bom sentimento não trai...”

Muito Axé a todos aproveitem os doces , mas principalmente o exemplo que nossos amados “Erês” nos trazem!
Salve a todos “Erês” um salve especial a Mariazinha e Zezinho!
Pai Otavio de Xangô

O Erê
Cidade Negra
Composição: Toni Garrido, Bino Farias, Lazão, Da Gama, Bernardo Vilhena

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

De macumbas em macumbas eu chego lá ! ...?

Bom dia a todos , hoje venho me manifestar as vezes acho que por indignação , parando pra pensar vejo que não apenas para deixar meu ponto de vista ja está ótimo.
O que é MACUMBA ou como ja dizem alguns por ai BOACUMBA para as pessoas;

São feitiços feitos po algum mago ou charlatão para trazer seu marido ou namorado amarrado e enrolado em 24 hs!?(há quem pague muito para isso)

Bom nessa estória quem é o "macumbeiro" o individuo que suja os postes das nossas ruas ou a pessoa sem amor próprio que quer por que quer a pessoa desamada de qualquer jeito.
Desamada porque se fosse "amada" não teria fugido??????!!!!!!!
A Fé tem um preço ou se acredita ou se paga para te-la é o que a maioria faz , pois ir num terreiro conversar com um guia e ele te passar uns banhos umas velas e orações para fazer fica dificil de acreditar , mas pagar para alguém fazer sei lá oque pois ninguém faz na sua frente uns dois mil reais ai sua fé deslancha.
Será que Deus precisa de "PATACO"?
"Macumbeiro" é o que se aproveitou ou o que é aproveitado , pois na minha opinião todos são apenas marionetes nas mãos de forças muito maiores que muitas vezes se passam pos guias e entidades ja conhecidas na nossa amada e querida Umbanda , MAS QUE NADA TEM A COM A UMBANDA .

Por tanto tome cuidado se te cobrarem para fazer algum trabalho veja bem se ali é um lugar de fé ou de exploração da mesma.
Afinal Umbanda é uma religião que sempre ACOLHE a todos de maneira natural e unanime , pois no terreiro de Umbanda ñinguém te entrevista para saber de onde você é ou que religião ou clero você participa, apenas pedimos que você confie em Deus e acima de tudo em você mesmo pois sua fé não deve ser vendida ou comprada , ela deve ser mantida e cultivada , pois o próprio senhor Jesus Cristo disse levante uma pedra e la estarei...
Axé meus irmãos que nosso Pai Oxalá iluminem sempre vcs!
Pai Otavio de xangô

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Oxum


Osun, Oshun, Ochun ou Oxum, na Mitologia Yoruba é um orixá feminino. O seu nome deriva do rio Osun, que corre na Iorubalândia, região nigeriana de Ijexá e Ijebu. Identificada no jogo do merindilogun pelos odu ejioko e Ôxê, é representada pelo candomblé, material e imaterialmente, por meio do assentamento sagrado denominado igba oxum.


Rio Osun em Osogbo (Foto Alex Mazzeto).É tida como um único Orixá que tomaria o nome de acordo com a cidade por onde corre o rio, ou que seriam dezesseis e o nome se relacionaria a uma profundidade desse rio. As mais velhas ou mais antigas são encontradas nos locais mais profundos (Ibu), enquanto as mais jovens e guerreiras respondem pelos locais mais rasos. Ex.: Osun Osogbo, Osun Opara ou Apara, Yeye Iponda, Yeye Kare, Yeye Ipetu, etc.

Em sua obra Notas Sobre o Culto aos Orixás e Voduns, Pierre Fatumbi Verger escreve que os tesouros de Oxum são guardados no palácio do rei Ataojá. O templo situa-se em frente e contém uma série de estátuas esculpidas em madeira, representando diversos Orixás: "Osun Osogbo, que tem as orelhas grandes para melhor ouvir os pedidos, e grandes olhos, para tudo ver. Ela carrega uma espada para defender seu povo."

O Festival de Osun é realizado anualmente na cidade de Osogbo, Nigéria.

O Bosque Sagrado de Osun-Osogbo, onde se encontra o Templo de Osun, é Patrimônio Mundial da UNESCO desde 2005.

Oxum é um Orixá feminino da nação Ijexá, adotada e cultuada em todas as religiões afro-brasileiras. É o Orixá das águas doces dos rios e cachoeiras, da riqueza, do amor, da prosperidade e da beleza. Em Oxum, os fiéis buscam auxílio para a solução de problemas no amor, uma vez que ela é a responsável pelas uniões, e também na vida financeira, a que se deve sua denominação de "Senhora do Ouro", que outrora era do Cobre, por ser o metal mais valioso da época.

Na natureza, o culto a Oxum costuma ser realizado nos rios e nas cachoeiras e, mais raramente, próximo às fontes de águas minerais. Oxum é símbolo da sensibilidade e muitas vezes derrama lágrimas ao incorporar em alguém, característica que se transfere a seus filhos, identificados por chorões.

Candomblé Bantu - a Nkisi Ndandalunda, Senhora da fertilidade e da Lua, muito confundida com Hongolo e Kisimbi, tem semelhanças com Oxum.
Candomblé Ketu - Divindade das águas doces, Oxum é a padroeira da gestação e da fecundidade, recebendo as preces das mulheres que desejam ter filhos e protegendo-as durante a gravidez. Protege, também, as crianças pequenas até que comecem a falar, sendo carinhosamente chamada de Mamãe por seus devotos.

Qualidades de Oxum
Kare - veste azul e dourado, cor do ouro. Usa um abebé e um ofá dourados.
Iyepòndàá ou Ipondá - é a mãe de Logunedé, orixá menino que compartilha dos seus axés. Ambos dançam ao som do ritmo ijexá, toque que recebe o nome de sua região de origem. Usa um abebé (espelho de metal) nas mãos, uma alfange (adaga)[1], por ser guerreira, e um ofá (arco e flecha) dourado, por sua ligação com Oxóssi. É uma das mais jovens.
Yeyeòkè
Iya Ominíbú
Ajagura
Ijímú
Ipetú
Èwuji
Abòtò
Ibola
Oparà ou Apará - qualidade de Oxum, em que usa um abebé e um alfange (adaga) ou espada. Caminha com Oya Onira, com quem muitas vezes é confundida. Diferente das outras Oxuns por ter enredo com muitos Orixás, vem acompanhada de Oyá e Ogum.
Sete folhas mais usadas para Oxum

Efirin
Eré tuntún
Macassá
Teté
Ejá Omodé
Wuê mimolé
Ewê boyí funfun

Sincretismo


Nas religiões afro-brasileiras é sincretizada com diversas Nossas Senhoras. Na Bahia, ela é tida como Nossa Senhora das Candeias ou Nossa Senhora dos Prazeres. No Sul do Brasil, é muitas vezes sincretizada com Nossa Senhora da Conceição, enquanto no Centro-Oeste e Sudeste é associada ora à denominação de Nossa Senhora, ora com Nossa Senhora da Conceição Aparecida.


FONTE:http://pt.wikipedia.org/wiki/Oxum_na_Umbanda

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Nosso Lar o filme


Salve a todos!

Salve a Ibejada pois ontem foi dia de São Cosme e Damião , enfim dia das nossas amadas crianças do astral.
Hoje fou falar um pouco sobre o filme "Nosso Lar" , que passa a ser um marco no cinema brasileiro , por ser uma superprodução e contar com excelentes atores e atrizes .
Se você não assistiu corra a um cinema e assista e prestigie nosso cinema , nossa cultura e aprenda um pouco sobre a vida.
Deixe de lado um pouco os filmes americanos que só falam de terrorismo , acho que por isso eles atraiam tantos porque os afins se atraem , mas essa é uma outra estória.
Bom vamos falar um pouco do Filme , pra quem ja leu o livro , o filme é um bom resumo , pra quem não leu é um bom começo pra entender e começar a se intteressar a ler.
André Luiz personagem do filme nos mostra que de nada vale os "diplomas" , os status da vida se não houver humildade e resignação.
Pois atentamente olhando somos os maiores causadores das nossas próprias desgraças , e isso é inevitável infelismente pois nossas escolhas nos leva a isso.
O filme nos ensina principalmente que não é a morte o fim de tudo , e Deus em sua infinita bondade sempre nos da novas chances para evoluirmos.
Nosso Lar a colonia espiritual que acolhe aqueles que com o coração clama a Deus , pedindo perdão e principalmente se perdoando dos próprios erros ,tem o direito de prosseguir sua jornada , pois a vida é feita de escolhas e cada um conhce seu próprio Umbral!

Axé a todos !

Pai Otavio de Xangô

domingo, 29 de agosto de 2010


Òsùmàrè na África
É a cobra-arco-íris em nagô, é a mobilidade, a atividade, uma de suas funções é a de dirigir as forças que dirigem o movimento. Ele é o senhor de tudo que é alongado. O cordão umbilical que está sob o seu controle, é enterrado, geralmente com a placenta, sob uma palmeira que se torna propriedade do recém-nascido, cuja saúde dependerá da boa conservação dessa árvore.

Ele representa também a riqueza e a fortuna, um dos benefícios mais apreciados no mundo dos iorubás. Em alguns pontos se confunde com o Vodun Dan da região dos Mahi.

É o símbolo da continuidade e da permanência, algumas vezes, é representado por uma serpente que morde a própria cauda. Oxumarê é um orixá completamente masculino, porém algumas pessoas acreditam que ele seja macho e fêmea, porém o orixá feminino que se iguala a Oxumarê é Ewá sua irmã gêmea que tem dominios parecidos com o dele.Enrola-se em volta da terra para impedí-la de se desagregar. Rege o príncipio da multiplicidade da vida, transcurso de múltiplos e variados destinos.

De múltiplas funções, diz-se que é um servidor de Xangô, que seria encarregado de levar as águas da chuva de volta para as nuvens através do arco-íris.

É o segundo filho de Nanã, irmão de Osanyin, Ewá e Obaluayê, que são vinculados ao mistério da morte e do renascimento. Seus filhos usam colares de búzios entrelaçados formando as escamas de uma serpente que tem o nome de Brajá, usam também o Lagdigbá como Nanã e Omolu.

Oxumarê no Brasil

Oxumare - escultura de Carybé em madeira, em exposição no Museu Afro-Brasileiro, Salvador, Bahia, Brasil.No Brasil, as pessoas dedicadas a Oxumarê usam colares (fio-de-contas) de missangas ou contas de vidro amarelas e verdes; a terça-feira é o dia da semana que lhe é consagrado. Seus iniciados usam Brajá - longos colares de búzios, enfiados de maneira a parecer escamas de serpente, e trazem à mão um ibiri, espécie de vassoura feita com nervuras das folhas de palmeiras. Quando dançam levam nas mãos pequenas serpentes de metal, apontam o dedo indicador para o céu e para a terra, num movimento alternado. A Suas oferendas são feitas de patos, feijão, milho e camarões cozidos no azeite de dendê

Na Bahia, Oxumarê é sincretizado com São Bartolomeu e festejado no dia 24 de agosto.

Certa lenda conta que ele era, outrora, um (Babalawo) adivinho, "filho de proprietário-da-estola-de-cores-brilhantes". Em outra lenda o mesmo tema aparece: "Este mesmo Babalawo Oxumarê vivia explorado por Olofin-Odudúa, o rei de Ifé, seu principal cliente". Oxumarê consultava-lhe a sorte de quatro em quatro dias.

Sua nação é o Jeje, onde é considerado como Dan, e tido como rei do povos Djedje (jeje) é uma palavra de origem yorubá que significa estrangeiro, forasteiro e estranho; que recebeu uma conotação pejorativa como “inimigo”, por parte dos povos conquistados pelos reis de Dahomey e seu exército.

Na nação Jeje, sua cor é o amarelo e preto de miçangas rajadas. Já no Ketu, suas cores são o verde e amarelo intercaladas. Porém essas cores definem apenas o fio-de-contas, pois todas as cores do arco-íris lhe pertencem.

Seus filhos, assim como conta a lenda de Oxumarê, em sua maioria no início passam por muitas dificuldades, quase miseráveis, porém mais tarde, dando a grande volta em seu caminho, se tornando ricos, poderosos, e muitas vezes orgulhosos. Porém, nunca se negam a ajudar quando alguém realmente precisa deles. E não raro, é ver um filho de Oxumarê se desfazer de algo seu, em favor do necessitado, com a maior facilidade..... Contrapondo seu estado de orgulho e ostentaçao, a exibir sua riqueza.

São pessoas de temperamento fácil de se lidar estando calmas, porém, se torna terrível quando com raiva, representando nesse estado a Serpente, que vem trazendo o lado negativo de oxumarê, o seu lado mais perigoso.

Oxumarê dentro do candomblé, se divide em duas qualidades : - Oxumarê macho, representado pelo arco-íris _ Oxumarê fêmea, chamado de FREKUEM, representado pela Serpente. Identificado no jogo do merindilogun pelo odu iká e representado materialmente e imaterial pelo candomblé, através do assentamento sagrado denominado igba oxumare.
fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Oxumar%C3%AA

domingo, 15 de agosto de 2010

UNIÃO UMBANDISTA


UNIÃO UMBANDISTA!

Olá a todos é com prazer que venho tentando me expressar através desse veículo maravilhoso que é um "blog" falando de Umbanda!
Percebo que hoje a Umbanda está ganhando seu espaço e as pessoas estão deixando de ter medo de assumir sua religião.
Mas ao mesmo tempo vejo muitas pessoas que escondem suas roupas brancas dos varais da vida para tentar não ser vítima do preconceito de alguns fanaticos ou mesmo atrasados de espiritos que não conseguem ainda enxergar que a vida é pra ser vivida e que cada um segue seu caminho , tanto na religião como nos gostos pessoais.
Está chegando o “CENSO 2010” e já vi muita propaganda para assumirmos nossa religião e dizer ao Brasil “ SOMOS UMBANDISTAS”!.
Espero que consigamos alcançar mais essa etapa e deixarmos de ser tratados como “ outras religiões “ pela pesquisa e que possamos ganhar nossa indentidade verdadeira para mostrarmos a todos de uma vez que Umbanda é Amor , Fé , entre outor adjetivos.
Espero ainda mais que nós Umbandistas possamos nos unir mais e mais com uma única só camisa e que seja a da humildade de sabermos nos respeitarmos , e principalmente não nos degladiarmos tantos entre nós mesmos.
Pois se querermos ser reconhecidos temos que dar o exemplo , se querermos não sermos mais tão mau vistos perante os olhos de quem desconhece nossa religião , temos e devemos nos unir como uma única unidade , não importando a camisa do terreiro “X” ou “Y” , mas sim com uma única Camisa a do nosso Amor Maior por essa religião maravilhosa que tanto nos ensina a amar e respeitar toda e qualquer diferença.
Então não importa se seu terreiro é em um prédio suntuoso e bonito ou se em algum cômodo de vossa casa todos devemos ser iguais.
Pois vejo que todos nós umbandistas podemos estar navegando em um Iate ou em uma Canoa mas todos estamos seguindo o Navio que nos orienta que é de Nosso Pai Oxalá e detodos Orixás e Guias de Luz .
Façamos a nossa parte não importa qual ela seja , pois todos temos um valor muito grande naquilo que fazemos pelo nosso semelhante, e quantas pessoas não querem aprender mais, conhecer melhor nossa religião e quantas vezes fechamos essa porta a essas pessoas sem ao menos dar a chance a elas de se encontrarem.
Tenhamos a mesma União que une Caboclos , Pretos Velhos, Crianças, Baianos , Boiadeiros , Marinheiros, Ciganos , Exus , Pomba Giras , Exus mirins que trabalham todos em comunhão apesar de suas diferenças de arquétipos , pois um completa o trabalho do outro e todos se respeitam . E é isso que eu gostaria de ver aqui no nosso plano de trabalho , pois eu acho que é isso que eles nos demosntram ha tempos e muitas vezes não enxergamos.
Olhe para o seu irmão de trabalho para seu Pai ou Mãe de Santo e veja o quanto essa casa que você trabalha precisa dessa união , pois todos preciamos de alguém e com certeza ninguém fará nada sozinho.
Ame a Umbanda , Divulgue a Umbanda mas principalmente Viva o que a Umbanda nos ensina...
AMOR ... FÉ... CARIDADE ... UNIÃO!
Pois um dia partiremos e a Religião continuará e as sementes que deixarmos é que irãocontinuar floreando essa amada Umbanda!
Axé a todos
Pai Otavio de Xangô

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Curso de Baralho Cigano


Estamos formando turma para o curso de baralho cigano .
O curso irá despertar em você como utilizar esse Oráculo que a muito tempo desvenda muitos mistérios e trazer a você um pouco da magia do Povo Cigano.
Você descobrirá quais ciganos lhe acompanham e a interpretar as cartas do tarô!
O curso terá um dia inteiro de duração , ainda não temos data definida pois precisamos de um contingente para poder faze-lo.
O curso será apostilado e certificado.
Os interessados podem confiramar pelo nosso e-mail casadexango@hotmail.com .
Axé a todos!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

dia 16/08/2010 Salve Nosso Pai Obaluaê


Na Umbanda, o culto é feito a Obaluaiê, que se desdobra com o nome de Omulu. Orixá originário do Daomé. É um Orixá sombrio, tido entre os iorubanos como severo e terrível, caso não seja devidamente cultuado, porém Pai bondoso e fraternal para aqueles que se tornam merecedores, através de gestos humildes, honestos e leais.



Nanã decanta os espíritos que irão reencarnar e Obaluaiê estabelece o cordão energético que une o espírito ao corpo (feto), que será recebido no útero materno assim que alcançar o desenvolvimento celular básico (órgãos físicos).

Ambos os nomes surgem quando nos referimos à esta figura, seja Omulu seja Obaluaiê. Para a maior parte dos devotos do Candomblé e da Umbanda, os nomes são praticamente intercambiáveis, referentes a um mesmo arquétipo e, correspondentemente, uma mesma divindade. Já para alguns babalorixás, porém, há de se manter certa distância entre os dois termos, uma vez que representam tipos diferentes do mesmo Orixá.

São também comuns as variações gráficas Obaluaê e Abaluaê.

Um dos mais temidos Orixás, comanda as doenças e, consequentemente, a saúde. Assim como sua mãe Nanã, tem profunda relação com a morte. Tem o rosto e o corpo cobertos de palha da costa, em algumas lendas para esconder as marcas da varíola, em outras já curado não poderia ser olhado de frente por ser o próprio brilho do sol. Seu símbolo é o Xaxará – um feixe de ramos de palmeira enfeitado com búzios.

Em termos mais estritos, Obaluaiê é a forma jovem do Orixá Xapanã, enquanto Omulu é sua forma velha. Como porém, Xapanã é um nome proibido tanto no Candomblé como na Umbanda, não devendo ser mencionado pois pode atrair a doença inesperadamente, a forma Obaluaiê é a que mais se vê. Esta distinção se aproxima da que existe entre as formas básicas de Oxalá: Oxalá (o Crucificado), Oxaguiã a forma jovem e Oxalufã a forma mais velha.

A figura de Omulu/Obaluaiê, assim como seus mitos, é completamente cercada de mistérios e dogmas indevassáveis. Em termos gerais, a essa figura é atribuído o controle sobre todas as doenças, especialmente as epidêmicas. Faria parte da essência básica vibratória do Orixá tanto o poder de causar a doença como o de possibilitar a cura do mesmo mal que criou.

Em algumas narrativas mais tradicionalistas tentam apontar-se que o conceito original da divindade se referia ao deus da varíola, tal visão porém, é uma evidente limitação. A varíola não seria a única doença sob seu controle, simplesmente era a epidemia mais devastadora e perigosa que conheciam os habitantes da comunidade original africana, onde surgiu Omulu/Obaluaiê, o Daomé.

Assim, sombrio e grave como Iroco, Oxumarê (seus irmãos) e Nanã (sua Mãe), Omulu/Obaluaiê é uma criatura da cultura jêje, posteriormente assimilada pelos iorubás. Enquanto os Orixás iorubanos são extrovertidos, de têmpera passional, alegres, humanos e cheios de pequenas falhas que os identificam com os seres humanos, as figuras daomeanas estão mais associadas a uma visão religiosa em que distanciamento entre deuses e seres humanos é bem maior. Quando há aproximação, há de se temer, pois alguma tragédia está para acontecer, pois os Orixás do Daomé são austeros no comportamento mitológico, graves e conseqüentes em suas ameaças.

A visão de Omulu/Obaluaiê é a do castigo. Se um ser humano falta com ele ou um filho-de-santo seu é ameaçado, o Orixá castiga com violência e determinação, sendo difícil uma negociação ou um aplacar, mais prováveis nos Orixás iorubás.

Pierre Verger, nesse sentido, sustenta que a cultura do Daomé é muito mais antiga que a iorubá, o que pode ser sentido em seus mitos: A antigüidade dos cultos de Omulu/Obaluaiê e Nanã (Orixá feminino), freqüentemente confundidos em certas partes da África, é indicada por um detalhe do ritual dos sacrifícios de animais que lhe são feitos. Este ritual é realizado sem o emprego de instrumentos de ferro, indicando que essas duas divindades faziam parte de uma civilização anterior à Idade do Ferro e à chegada de Ogum.

Como parte do temor dos iorubás, eles passaram a enxergar a divindade (Omulu/Obaluaiê) mais sombria dos dominados como fonte de perigo e terror, entrando num processo que podemos chamar de malignação de um Orixá do povo subjugado, que não encontrava correspondente completo e exato (apesar da existência similar apenas de Ossãe). Omulu/Obaluaiê seria o registro da passagem de doenças epidêmicas, castigos sociais, já que atacariam toda uma comunidade de cada vez.

Obaluaiê, o Rei da Terra, é filho de NANÃ, mas foi criado por IEMANJA que o acolheu quando a mãe rejeitou-o por ser manco, feio e coberto de feridas. É uma divindade da terra dura, seca e quente. É às vezes chamado “o velho”, com todo o prestígio e poder que a idade representa no Candomblé. Está ligado ao Sol, propicia colheitas e ambivalentemente detém a doença e a cura. Com seu Xaxará, cetro ritual de palha da Costa, ele expulsa a peste e o mal. Mas a doença pode ser também a marca dos eleitos, pelos quais Omulu quer ser servido. Quem teve varíola é freqüentemente consagrado a Omulu, que é chamado “médico dos pobres”.

Suas relações com os Orixás são marcadas pelas brigas com Xangô e Ogum e pelo abandono que os Orixás femininos legaram-lhe. Rejeitado primeiramente pela mãe, segue sendo abandonado por Oxum, por quem se apaixonou, que, juntamente com Iansã, troca-o por Xangô. Finalmente Obá, com quem se casou, foi roubada por Xangô.

Existe uma grande variedade de tipos de Omulu/Obaluaiê, como acontece praticamente com todos os Orixás. Existem formas guerreiras e não guerreiras, de idades diferentes, etc., mas resumidos pelas duas configurações básicas do velho e do moço. A diversidade de nomes pode também nos levar a raciocinar que existem mitos semelhantes em diferentes grupos tribais da mesma região, justificando que o Orixá é também conhecido como Skapatá, Omulu Jagun, Quicongo, Sapatoi, Iximbó, Igui.

Esta Grande Potência Astral Inteligente, quando relacionado à vida e à cura, recebe o nome de Obaluaiê. Tem sob seu comando incontáveis legiões de espíritos que atuam nesta Irradiação ou Linha, trabalhadores do Grande Laboratório do Espaço e verdadeiros cientistas, médicos, enfermeiros etc., que preparam os espíritos para uma nova encarnação, além de promoverem a cura das nossas doenças.

Atuam também no plano físico, junto aos profissionais de saúde, trazendo o bálsamo necessário para o alívio das dores daqueles que sofrem.

O Senhor da Vida é também Guardião das Almas que ainda não se libertaram da matéria. Assim, na hora do desencarne, são eles, os falangeiros de Omulu, que vêm nos ajudar a desatar nossos fios de agregação astral-físico (cordão de prata), que ligam o perispírito ao corpo material.
Os comandados de Omulu, dentre outras funções, são diretamente responsáveis pelos sítios pré e pós morte física (Hospitais, Cemitérios, Necrotérios etc.), envolvendo estes lugares com poderoso campo de força fluidíco-magnético, a fim de não deixarem que os vampiros astrais (kiumbas desqualificados) sorvam energias do duplo etérico daqueles que estão em vias de falecerem ou falecidos.




CARACTERÍSTICAS


COR
Preto e branco

FIO DE CONTAS
Contas e Miçangas Pretas e Brancas leitosas.

ERVAS Canela de Velho, Erva de Bicho, Erva de Passarinho, Barba de Milho, Barba de Velho, Cinco Chagas, Fortuna, Hera. (cuféia -sete sangrias, erva-de-passarinho, canela de velho, quitoco, Zínia)
SÍMBOLO
Cruz

PONTOS DA NATUREZA
Cemitério, grutas, praia

FLORES
Monsenhor branco

ESSÊNCIAS
Cravo e Menta

PEDRAS
Obsidiana, Ônix, Olho-de-gato

METAL
Chumbo

SAÚDE
Todas as partes do corpo (É o Orixá da Saúde)

PLANETA
Saturno

DIA DA SEMANA
Segunda-feira

ELEMENTO
Terra

CHAKRA
Básico

SAUDAÇÃO
Atôtô (Significa “Silêncio, Respeito”)

BEBIDA
Água mineral (vinho tinto)

ANIMAIS
Galinha d’angola, caranguejo e peixes de couro, cachorro.

COMIDAS
Feijão preto, carne de porco, Deburú – pipoca, (Abadô – amendoim pilado e torrado; latipá – folha de mostarda; e, Ibêrem – bolo de milho envolvido na folha de bananeira)

NÚMERO
3

DATA COMEMORATIVA
16 de Agosto (17 de Dezembro)

SINCRETISMO:
São roque (São Lázaro).

INCOMPATIBILIDADES:
Claridade, sapos




ATRIBUIÇÕES

Muitos associam o divino Obaluaiê apenas com o Orixá curador, que ele realmente é, pois cura mesmo! Mas Obaluaiê é muito mais do que já o descreveram. Ele é o “Senhor das Passagens” de um plano para outro, de uma dimensão para outra, e mesmo do espírito para a carne e vice-versa

AS CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OBALUAIÊ



Ao senhor da doença é relacionado um arquétipo psicológico derivado de sua postura na dança: se nela Omulu/Obaluaiê esconde dos espectadores suas chagas, não deixa de mostrar, pelos sofrimentos implícitos em sua postura, a desgraça que o abate. No comportamento do dia-a-dia, tal tendência se revela através de um caráter tipicamente masoquista.

Arquetipicamente, lega a seus filhos tendências ao masoquismo e à autopunição, um austero código de conduta e possíveis problemas com os membros inferiores, em geral, ou pequenos outros defeitos físicos.

Pierre Verger define os filhos de Omulu como pessoas que são incapazes de se sentirem satisfeitas quando a vida corre tranqüila para elas. Podem até atingir situações materiais e rejeitar, um belo dia, todas essas vantagens por causa de certos escrúpulos imaginários. São pessoas que, em certos casos, se sentem capazes de se consagrar ao bem-estar dos outros, fazendo completa abstração de seus próprios interesses e necessidades vitais.

No Candomblé, como na Umbanda, tal interpretação pode ser demais restritiva. A marca mais forte de Omulu/Obaluaiê não é a exibição de seu sofrimento, mas o convívio com ele. Ele se manifesta numa tendência autopunitiva muito forte, que tanto pode revelar-se como uma grande capacidade de somatização de problemas psicológicos (isto é, a transformação de traumas emocionais em doenças físicas reais), como numa elaboração de rígidos conceitos morais que afastam seus filhos-de-santo do cotidiano, das outras pessoas em geral e principalmente os prazeres. Sua insatisfação básica, portanto, não se reservaria contra a vida, mas sim contra si próprio, uma vez que ele foi estigmatizado pela marca da doença, já em si uma punição.

Em outra forma de extravasar seu arquétipo, um filho do Orixá , menos negativista, pode apegar-se ao mundo material de forma sôfrega, como se todos estivessem perigosamente contra ele, como se todas as riquezas lhe fossem negadas, gerando um comportamento obsessivo em torno da necessidade de enriquecer e ascender socialmente.

Mesmo assim, um certo toque do recolhimento e da autopunição de Omulu/Obaluaiê serão visíveis em seus casamentos: não raro se apaixonam por figuras extrovertidas e sensuais (como a indomável Iansã, a envolvente Oxum, o atirado Ogum) que ocupam naturalmente o centro do palco, reservando ao cônjuge de Omulu/Obaluaiê um papel mais discreto. Gostam de ver seu amado brilhar, mas o invejam, e ficam vivendo com muita insegurança, pois julgam o outro, fonte de paixão e interesse de todos.

Assim como Ossãe, as pessoas desse tipo são basicamente solitárias. Mesmo tendo um grande círculo de amizades, freqüentando o mundo social, seu comportamento seria superficialmente aberto e intimamente fechado, mantendo um relacionamento superficial com o mundo e guardando sua intimidade para si própria. O filho do Orixá oculta sua individualidade com uma máscara de austeridade, mantendo até uma aura de respeito e de imposição, de certo medo aos outros. Pela experiência inerente a um Orixá velho, são pessoas irônicas. Seus comentários porém não são prolixos e superficiais, mas secos e diretos, o que colabora para a imagem de terrível que forma de si próprio.

Entretanto, podem ser humildes, simpáticos e caridosos. Assim é que na Umbanda este Orixá toma a personalidade da caridade na cura das doenças, sendo considerado o “Orixá da Saúde”.

O tipo psicológico dos filhos de Omulu é fechado, desajeitado, rústico, desprovido de elegância ou de charme. Pode ser um doente marcado pela varíola ou por alguma doença de pele e é freqüentemente hipocondríaco. Tem considerável força de resistência e é capaz de prolongados esforços. Geralmente é um pessimista, com tendências autodestrutivas que o prejudicam na vida. Amargo, melancólico, torna-se solitário. Mas quando tem seus objetivos determinados, é combativo e obstinado em alcançar suas metas. Quando desiludido, reprime suas ambições, adotando uma vida de humildade, de pobreza voluntária, de mortificação.

É lento, porém perseverante. Firme como uma rocha. Falta-lhe espontaneidade e capacidade de adaptação, e por isso não aceita mudanças. É vingativo, cruel e impiedoso quando ofendido ou humilhado.

Essencialmente viril, por ser Orixá fundamentalmente masculino, falta-lhe um toque de sedução e sobra apenas um brutal solteirão. Fenômeno semelhante parece ocorrer no caso de Nanã: quanto mais poderosa e mais acentuada é a feminilidade, mais perigosa ela se torna e, paradoxalmente, perde a sedução.

COZINHA RITUALÍSTICA

FEIJÃO PRETO

Cozinha-se o feijão preto, só em água, e depois refoga-se cebola ralada, camarão seco e Azeite-de-Dendê, misturando ao feijão.

OLUBAJÉ
(Olu-aquele que, ba-aceita, jé-comer ; ou ainda aquele-que-come)

O Olubajé, não é uma comida específica, mas sim um banquete oferecido à Obaluaiê.
São oferecidos pratos de aberém (milho cozido enrolado em folha de bananeira), carne de bode e pipocas.

Seus “filhos” devidamente “incorporados” e paramentados oferecem as mesmas aos convidados/assistentes desta festa.

É uma oferenda coletiva para os Orixás da Terra e suas ligações – Omulu/Obaluaiê, Nana e Oxumarê, é aguardada durante todo o ano com muito entusiasmo, pois é nesta oferenda que os iniciados ou simpatizantes irão agradecer por mais um ano que passaram livre de doenças e pedir por mais um período de saúde, paz e prosperidade.

A celebração oferece aos participantes um vasto cardápio de “comidas de santo”, e, após todos comerem, participam de uma limpeza espiritual, que evoca a proteção destas divindades por mais um ano na vida de cada um.

É uma das cerimônias mais importantes do Candomblé, e relembra a lenda da festa que ocorria na terra de Obaluaiê, com todos os Orixás, na qual ele não podia entrar. (ver lenda mais abaixo).

LENDAS DE OBALUAIÊ

ORIXÁ DA CURA, CONTINUIDADE E DA EXISTÊNCIA !!!

Chegando de viagem à aldeia onde nascera, Obaluaiê viu que estava acontecendo uma festa com a presença de todos os orixás. Obaluaiê não podia entrar na festa, devido à sua medonha aparência. Então ficou espreitando pelas frestas do terreiro. Ogum, ao perceber a angústia do Orixá, cobriu-o com uma roupa de palha, com um capuz que ocultava seu rosto doente, e convidou-o a entrar e aproveitar a alegria dos festejos. Apesar de envergonhado, Obaluaiê entrou, mas ninguém se aproximava dele. Iansã tudo acompanhava com o rabo do olho. Ela compreendia a triste situação de Obaluaiê e dele se compadecia. Iansã esperou que ele estivesse bem no centro do barracão. O xirê (festa, dança, brincadeira) estava animado. Os orixás dançavam alegremente com suas ekedes. Iansã chegou então bem perto dele e soprou suas roupas de palha com seu vento. Nesse momento de encanto e ventania, as feridas de Obaluaiê pularam para o alto, transformadas numa chuva de pipocas, que se espalharam brancas pelo barracão.

Obaluaiê, o deus das doenças, transformara-se num jovem belo e encantador. Obaluaiê e Iansã Igbalé tornaram-se grandes amigos e reinaram juntos sobre o mundo dos espíritos dos mortos, partilhando o poder único de abrir e interromper as demandas dos mortos sobre os homens.

XAPANÃ, REI DE NUPÊ.

Xapanã, originário de Tapa, leva seus guerreiros para uma expedição aos quatro cantos da terra. Uma pessoa ferida por suas flechas ficava cega, surda ou manca, Obaluaê-Xapanã chega ao território de Mahi no norte de Daomé, matando e dizimando todos os seus inimigos e começa a destruir tudo o que encontra a sua frente. Os Mahis foram consultar um Babalaô e o mesmo ensinou-os como fazer para acalmar Xapanã. O Babalaô diz que estes deveriam tratá-lo com pipocas, que isso iria tranqüiliza-lo, e foi o que aconteceu. Xapanã tornou-se dócil. Xapanã contente com as atenções recebidas mandou construir um palácio onde foi viver e não mais voltou ao país Empê. O Mahi prosperou e tudo se acalmou.

AS DUAS MÃES DE OBALUAIÊ

Filho de Oxalá e Nanã, nasceu com chagas, uma doença de pele que fedia e causava medo aos outros, sua mãe Nanã morria de medo da varíola, que já havia matado muita gente no mundo. Por esse motivo Nanã, o abandonou na beira do mar. Ao sair em seu passeio pelas areias que cercavam o seu reino, Iemanjá encontrou um cesto contendo uma criança. Reconhecendo-a como sendo filho de Nanã, pegou-a em seus braços e a criou como seu filho em seus seios lacrimosos. O tempo foi passando e a criança cresceu e tornou um grande guerreiro, feiticeiro e caçador. Se cobria com palha da costa, não para esconder as chagas com a qual nasceu, e sim porque seu corpo brilhava como a luz do sol. Um dia Iemanjá chamou Nanã e apresentou-a a seu filho Xapanã, dizendo: Xapanã, meu filho receba Nanã sua mãe de sangue. Nanã, este é Xapanã nosso filho. E assim Nanã foi perdoada por Omulu e este passou a conviver com suas duas mães
Foente:http://umbanda.wordpress.com/2007/05/15/obaluaie/

quinta-feira, 29 de julho de 2010

CHICO XAVIER

Ontem assisti o filme sobre a vida de Francisco Cândido Xavier ou "Chico Xavier",
posso dizer que me emocionei bastante com sua história de vida , de entrega e de ajuda a seu semelhante.
Torna-se meio comum se falar dele dessa maneira , mas reflito que ele seja exemplo para todos nós médiuns de como devemos lidar com nossa mediunidade.
Por que vejo que ser médium para muitos é questão de estatus onde se massageia um ego que quer esconder ou se esconder de si próprio.
Não usemos nossa mediunidade apenas para fazer uma caridade fajuta que alivia nossas culpas internas e de nada nos absolve de nossos pecados internos.
Humildade e Resignação são palavras que muitas vezes passa só pela boca do médium mas não atravessa a barreira do coração , muitos de nossos problemas ou todos eles são absolutamentes gerados por nós próprios e usamos eles de "standart" para nosso caminho sempre o pondo na frente, como se todos inclusive os espiritos , santos, orixas tivessem a obrigação de refrear nossos carmas para vivermos uma vida mais fácil em todos os sentidos.
Usa-se a mediunidade como moeda de troca como se os guias nos devessem algo, até quando vamos inverter os papéis das coisas , até quando vamos cobrar de nossos "credores"....
"CREDORES" pois afinal analiso que se nossos problemas nos afligem , como estariamos se não fossem eles para nos aliviar mesmo que não enxerguemos com os olhos de nossa vaidade.
Chico Xavier psicografou mais 400 livros e nem por isso quis ficar nem com a fama nem com o dinheiro.
Pois ele tinha a certeza que o papel dele era de médium , ou seja mediador entre dois planos da vida cujo qual em nosso estado atual só conhecemos esse que vivemos mas que com certeza ja passamos pelo outro e com mais certeza ainda para o outro que vamos voltar.
Bom com tudo isso que escrevo hj gostaria que todos parassem e pensase quanto seria bom se todos ajudassem seu próximo em troca de nada, pois hoje se mata por r$1 real se mata por "amor" entre outras coisas , mas não se faz nada de bom a ninguém pelo simples fato de fazer!
A nossa mediunidade é nossa?
Se questione assim...O dia que sua mediunidade servir apenas para você , para que ela servirá?
Salve a todos um grande axé!
E quem não assistiu a esse filme assista vale a pena a lição de vida que ele passa!
Pai Otavio d' Xangô

sexta-feira, 23 de julho de 2010

26 DE JULHO DIA DE NANÃ BURUKÊ


SALUBA NANÃ!

NANÃ

A mais velha divindade do panteão, associada às águas paradas, à lama dos pântanos, ao lodo do fundo dos rios e dos mares. O único Orixá que não reconheceu a soberania de Ogum por ser o dono dos metais. É tanto reverenciada como sendo a divindade da vida, como da morte. Seu símbolo é o Íbíri – um feixe de ramos de folha de palmeira com a ponta curvada e enfeitado com búzios.

Nana é a chuva e a garoa. O banho de chuva é uma lavagem do corpo no seu elemento, uma limpeza de grande força, uma homenagem a este grande orixá.

Nanã Buruquê representa a junção daquilo que foi criado por Deus. Ela é o ponto de contato da terra com as águas, a separação entre o que já existia, a água da terra por mando de Deus, sendo portanto também sua criação simultânea a da criação do mundo.

1. Com a junção da água e a terra surgiu o Barro.

2. O Barro com o Sopro Divino representa Movimento.

3. O Movimento adquire Estrutura.

4. Movimento e Estrutura surgiu a criação, O Homem.

Portanto, para alguns, Nanã é a Divindade Suprema que junto com Zambi fez parte da criação, sendo ela responsável pelo elemento Barro, que deu forma ao primeiro homem e de todos os seres viventes da terra, e da continuação da existência humana e também da morte, passando por uma transmutação para que se transforme continuamente e nada se perca.

Esta é uma figura muito controvertida do panteão africano. Ora perigosa e vingativa, ora praticamente desprovida de seus maiores poderes, relegada a um segundo plano amargo e sofrido, principalmente ressentido.

Orixá que também rege a Justiça, Nanã não tolera traição, indiscrição, nem roubo. Por ser Orixá muito discreto e gostar de se esconder, suas filhas podem ter um caráter completamente diferente do dela. Por exemplo, ninguém desconfiará que uma dengosa e vaidosa aparente filha de Oxum seria uma filha de Nanã “escondida”.

Nanã faz o caminho inverso da mãe da água doce. É ela quem reconduz ao terreno do astral, as almas dos que Oxum colocou no mundo real. É a deusa do reino da morte, sua guardiã, quem possibilita o acesso a esse território do desconhecido.

A senhora do reino da morte é, como elemento, a terra fofa, que recebe os cadáveres, os acalenta e esquenta, numa repetição do ventre, da vida intra-uterina. É, por isso, cercada de muitos mistérios no culto e tratada pelos praticantes da Umbanda e do Candomblé, com menos familiaridade que os Orixás mais extrovertidos como Ogum e Xangô, por exemplo.

Muitos são portanto os mistérios que Nanã esconde, pois nela entram os mortos e através dela são modificados para poderem nascer novamente. Só através da morte é que poderá acontecer para cada um a nova encarnação, para novo nascimento, a vivência de um novo destino – e a responsável por esse período é justamente Nanã. Ela é considerada pelas comunidades da Umbanda e do Candomblé, como uma figura austera, justiceira e absolutamente incapaz de uma brincadeira ou então de alguma forma de explosão emocional. Por isso está sempre presente como testemunha fidedigna das lendas. Jurar por Nanã, por parte de alguém do culto, implica um compromisso muito sério e inquebrantável, pois o Orixá exige de seus filhos-de-santo e de quem a invoca em geral sempre a mesma relação austera que mantém com o mundo.

Nanã forma par com Obaluaiê. E enquanto ela atua na decantação emocional e no adormecimento do espírito que irá encarnar, ele atua na passagem do plano espiritual para o material (encarnação), o envolve em uma irradiação especial, que reduz o corpo energético ao tamanho do feto já formado dentro do útero materno onde está sendo gerado, ao qual já está ligado desde que ocorreu a fecundação.

Este mistério divino que reduz o espírito, é regido por nosso amado pai Obaluaiê, que é o “Senhor das Passagens” de um plano para outro.

Já nossa amada mãe Nanã, envolve o espírito que irá reencarnar em uma irradiação única, que dilui todos os acúmulos energéticos, assim como adormece sua memória, preparando-o para uma nova vida na carne, onde não se lembrará de nada do que já vivenciou. É por isso que Nanã é associada à senilidade, à velhice, que é quando a pessoa começa a se esquecer de muitas coisas que vivenciou na sua vida carnal.

Portanto, um dos campos de atuação de Nanã é a “memória” dos seres. E, se Oxóssi aguça o raciocínio, ela adormece os conhecimentos do espírito para que eles não interfiram com o destino traçado para toda uma encarnação.

Em outra linha da vida, ela é encontrada na menopausa. No inicio desta linha está Oxum estimulando a sexualidade feminina; no meio está Yemanjá, estimulando a maternidade; e no fim está Nanã, paralisando tanto a sexualidade quanto a geração de filhos.

Esta grande Orixá, mãe e avó, é protetora dos homens e criaturas idosas, padroeira da família, tem o domínio sobre as enchentes, as chuvas, bem como o lodo produzido por essas águas.

Quando dança no Candomblé, ela faz com os braços como se estivesse embalando uma criança. Sua festa é realizada próximo do dia de Santana, e a cerimônia se chama Dança dos Pratos.

Origem

Nanã, é um Orixá feminino de origem daomeana, que foi incorporado há séculos pela mitologia iorubá, quando o povo nagô conquistou o povo do Daomé (atual Republica do Benin) , assimilando sua cultura e incorporando alguns Orixás dos dominados à sua mitologia já estabelecida.

Resumindo esse processo cultural, Oxalá (mito ioruba ou nagô) continua sendo o pai e quase todos os Orixás. Iemanjá (mito igualmente ioruba) é a mãe de seus filhos (nagô) e Nanã (mito jeje) assume a figura de mãe dos filhos daomeanos, nunca se questionando a paternidade de Oxalá sobre estes também, paternidade essa que não é original da criação das primeiras lendas do Daomé, onde Oxalá obviamente não existia. Os mitos daomeanos eram mais antigos que os nagôs (vinham de uma cultura ancestral que se mostra anterior à descoberta do fogo). Tentou-se, então, acertar essa cronologia com a colocação de Nanã e o nascimento de seus filhos, como fatos anteriores ao encontro de Oxalá e Iemanjá.

É neste contexto, a primeira esposa de Oxalá, tendo com ele três filhos: Iroco (ou Tempo), Omolu (ou Obaluaiê) e Oxumarê.

CARACTERÍSTICAS

Cor Roxa ou Lilás (Em algumas casas: branco e o azul)

Fio de Contas Contas, firmas e miçangas de cristal lilás.

Ervas Manjericão Roxo, Colônia, Ipê Roxo, Folha da Quaresma, Erva de Passarinho,

Dama da Noite, Canela de velho, Salsa da Praia, Manacá. (Em algumas casas: assa peixe, cipreste, erva macaé, dália vermelho escura, folha de berinjela, folha de limoeiro, manacá, rosa vermelho escura, tradescância)

Símbolo Chuva.

Pontos da Natureza Lagos, águas profundas, lama, cemitérios, pântanos.

Flores Todas as flores roxas.

Essências Lírio, Orquídea, limão, narciso, dália.

Pedras Ametista, cacoxenita, tanzanita

Metal Latão ou Níquel

Saúde Dor de cabeça e Problemas Intestino

Planeta Lua e Mercúrio

Dia da Semana Sábado (Em algumas casas: Segunda)

Elemento Água

Chakra Frontal e Cervical

Saudação Saluba Nanã

Bebida Champanhe

Animais Cabra, Galinha ou Pata. (Brancas)

Comidas Feijão Preto com Purê de Batata doce. Aberum. Mungunzá

Numero 13

Data Comemorativa 26 de julho

Sincretismo: Nossa Senhora Santana

Incompatibilidades: Lâminas, multidões.

Qualidades: Ologbo, Borokun, Biodun, Asainán, Elegbe, Susure

ATRIBUIÇÕES

A orixá Nanã rege sobre a maturidade e seu campo preferencial de atuação é o racional dos seres. Atua decantando os seres emocionados e preparando-os para uma nova “vida”, já mais equilibrada .

AS CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE NANÃ

Uma pessoa que tenha Nanã como Orixá de cabeça, pode levar em conta principalmente a figura da avó: carinhosa às vezes até em excesso, levando o conceito de mãe ao exagero, mas também ranzinza, preocupada com detalhes, com forte tendência a sair censurando os outros. Não tem muito senso de humor, o que a faz valorizar demais pequenos incidentes e transformar pequenos problemas em grandes dramas. Ao mesmo tempo, tem uma grande capacidade de compreensão do ser humano, como se fosse muito mais velha do que sua própria existência. Por causa desse fator, o perdão aos que erram e o consolo para quem está sofrendo é uma habilidade natural. Nanã, através de seus filhos-de-santo, vive voltada para a comunidade, sempre tentando realizar as vontades e necessidades dos outros.

Às vezes porém, exige atenção e respeito que julga devido mas não obtido dos que a cercam. Não consegue entender como as pessoas cometem certos enganos triviais, como optam por certas saídas que para um filho de Nanã são evidentemente inadequadas. É o tipo de pessoa que não consegue compreender direito as opiniões alheias, nem aceitar que nem todos pensem da mesma forma que ela.

Suas reações bem equilibradas e a pertinência das decisões, mantém-nas sempre no caminho da sabedoria e da justiça.

Todos esses dados indicam também serem os filhos de Nanã, um pouco mais conservadores que o restante da sociedade, desejarem a volta de situações do passado, modos de vida que já se foram. Querem um mundo previsível, estável ou até voltando para trás: são aqueles que reclamam das viagens espaciais, dos novos costumes, da nova moralidade, etc.

Quanto à dados físicos, são pessoas que envelhecem rapidamente, aparentando mais idade do que realmente têm.

Os filhos de Nanã são calmos e benevolentes, agindo sempre com dignidade e gentileza. São pessoas lentas no exercício de seus afazeres, julgando haver tempo para tudo, como se o dia fosse durar uma eternidade. Muito afeiçoadas às crianças, educam-nas com ternura e excesso de mansidão, possuindo tendência a se comportar com a indulgência das avós. Suas reações bem equilibradas e a pertinência de suas decisões mantêm-nas sempre no caminho da sabedoria e da justiça, com segurança e majestade.

O tipo psicológico dos filhos de NANÃ à introvertido e calmo. Seu temperamento é severo e austero. Rabugento, é mais temido do que amado. Pouco feminina, não tem maiores atrativos e à muito afastada da sexualidade. Por medo de amar e de ser abandonada e sofrer, ela dedica sua vida ao trabalho, à vocação, à ambição social.

COZINHA RITUALÍSTICA

Canjica branca

Canjica branca cozida, leite de coco. Colocar a canjica em tigela de louça branca, despejando mel por cima, e uvas brancas, se desejar.

Berinjela com inhame

Berinjela aferventada e cortada verticalmente em 4 partes; Inhames cozidos em água pura, com casca, e cortados em rodelas.; Arrumados em um alguidar vidrado, regado com mel.

Sarapatel

Lava-se miúdos de porco com água e limão. Corta-se em pedaços pequenos e tempera-se com coentro, louro, pimenta do reino, cravos da índia, caldo de limão e sal. Cozinha-se tudo no fogor. Quando tudo estiver macio, junta-se sangue de porco e ferve-se. Sirve-se, acompanhado de farinha de mandioca torrada ou arroz branco.

Paçoca de amendoim

Amendoins torrados e moídos misturados com farinha de mandioca crua, açúcar e uma pitada de sal.

Efó

Ferve-se 1 maço bem grande de língua de vaca, espinafre ou beterraba. Depois amassar até virar um purê; Passa-se por uma peneira e espalhe a massa para evaporar toda a água; Depois de seca, coloca-se numa panela, junto com azeite de dendê, camarões secos, pimenta do reino, cebola, alho e sal. Cozinha-se com a panela tampada e em fogo baixo; É servido com arroz branco.

Aberum

Milho torrado e pilado.

Obs. Nanã também recebe:Calda de ameixa ou de figo; melancia, uva, figo, ameixa e melão, tudo depositado à beira de um lago ou mangue.

LENDAS DE NANÃ

Como Nanã Ajudou na Criação do Homem

Dizem que quando Olorum encarregou Oxalá de fazer o mundo e modelar o ser humano, o Orixá tentou vários caminhos. Tentou fazer o homem de ar, como ele. Não deu certo, pois o homem logo se desvaneceu. Tentou fazer de pau, mas a criatura ficou dura. De pedra, mas ainda a tentativa foi pior. Fez de fogo e o homem se consumiu. Tentou azeite, água e até vinho de palma, e nada. Foi então que Nanã veio em seu socorro e deu a Oxalá a lama, o barro do fundo da lagoa onde morava ela, a lama sob as águas, que é Nanã. Oxalá criou o homem, o modelou no barro. Com o sopro de Olorum ele caminhou. Com a ajuda dos Orixá povoou a Terra. Mas tem um dia que o homem tem que morrer. O seu corpo tem que voltar à terra, voltar à natureza de Nanã. Nanã deu a matéria no começo mas quer de volta no final tudo o que é seu.

Fonte:http://umbanda.wordpress.com/2007/01/31/nana/