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quinta-feira, 29 de julho de 2010

CHICO XAVIER

Ontem assisti o filme sobre a vida de Francisco Cândido Xavier ou "Chico Xavier",
posso dizer que me emocionei bastante com sua história de vida , de entrega e de ajuda a seu semelhante.
Torna-se meio comum se falar dele dessa maneira , mas reflito que ele seja exemplo para todos nós médiuns de como devemos lidar com nossa mediunidade.
Por que vejo que ser médium para muitos é questão de estatus onde se massageia um ego que quer esconder ou se esconder de si próprio.
Não usemos nossa mediunidade apenas para fazer uma caridade fajuta que alivia nossas culpas internas e de nada nos absolve de nossos pecados internos.
Humildade e Resignação são palavras que muitas vezes passa só pela boca do médium mas não atravessa a barreira do coração , muitos de nossos problemas ou todos eles são absolutamentes gerados por nós próprios e usamos eles de "standart" para nosso caminho sempre o pondo na frente, como se todos inclusive os espiritos , santos, orixas tivessem a obrigação de refrear nossos carmas para vivermos uma vida mais fácil em todos os sentidos.
Usa-se a mediunidade como moeda de troca como se os guias nos devessem algo, até quando vamos inverter os papéis das coisas , até quando vamos cobrar de nossos "credores"....
"CREDORES" pois afinal analiso que se nossos problemas nos afligem , como estariamos se não fossem eles para nos aliviar mesmo que não enxerguemos com os olhos de nossa vaidade.
Chico Xavier psicografou mais 400 livros e nem por isso quis ficar nem com a fama nem com o dinheiro.
Pois ele tinha a certeza que o papel dele era de médium , ou seja mediador entre dois planos da vida cujo qual em nosso estado atual só conhecemos esse que vivemos mas que com certeza ja passamos pelo outro e com mais certeza ainda para o outro que vamos voltar.
Bom com tudo isso que escrevo hj gostaria que todos parassem e pensase quanto seria bom se todos ajudassem seu próximo em troca de nada, pois hoje se mata por r$1 real se mata por "amor" entre outras coisas , mas não se faz nada de bom a ninguém pelo simples fato de fazer!
A nossa mediunidade é nossa?
Se questione assim...O dia que sua mediunidade servir apenas para você , para que ela servirá?
Salve a todos um grande axé!
E quem não assistiu a esse filme assista vale a pena a lição de vida que ele passa!
Pai Otavio d' Xangô

sexta-feira, 23 de julho de 2010

26 DE JULHO DIA DE NANÃ BURUKÊ


SALUBA NANÃ!

NANÃ

A mais velha divindade do panteão, associada às águas paradas, à lama dos pântanos, ao lodo do fundo dos rios e dos mares. O único Orixá que não reconheceu a soberania de Ogum por ser o dono dos metais. É tanto reverenciada como sendo a divindade da vida, como da morte. Seu símbolo é o Íbíri – um feixe de ramos de folha de palmeira com a ponta curvada e enfeitado com búzios.

Nana é a chuva e a garoa. O banho de chuva é uma lavagem do corpo no seu elemento, uma limpeza de grande força, uma homenagem a este grande orixá.

Nanã Buruquê representa a junção daquilo que foi criado por Deus. Ela é o ponto de contato da terra com as águas, a separação entre o que já existia, a água da terra por mando de Deus, sendo portanto também sua criação simultânea a da criação do mundo.

1. Com a junção da água e a terra surgiu o Barro.

2. O Barro com o Sopro Divino representa Movimento.

3. O Movimento adquire Estrutura.

4. Movimento e Estrutura surgiu a criação, O Homem.

Portanto, para alguns, Nanã é a Divindade Suprema que junto com Zambi fez parte da criação, sendo ela responsável pelo elemento Barro, que deu forma ao primeiro homem e de todos os seres viventes da terra, e da continuação da existência humana e também da morte, passando por uma transmutação para que se transforme continuamente e nada se perca.

Esta é uma figura muito controvertida do panteão africano. Ora perigosa e vingativa, ora praticamente desprovida de seus maiores poderes, relegada a um segundo plano amargo e sofrido, principalmente ressentido.

Orixá que também rege a Justiça, Nanã não tolera traição, indiscrição, nem roubo. Por ser Orixá muito discreto e gostar de se esconder, suas filhas podem ter um caráter completamente diferente do dela. Por exemplo, ninguém desconfiará que uma dengosa e vaidosa aparente filha de Oxum seria uma filha de Nanã “escondida”.

Nanã faz o caminho inverso da mãe da água doce. É ela quem reconduz ao terreno do astral, as almas dos que Oxum colocou no mundo real. É a deusa do reino da morte, sua guardiã, quem possibilita o acesso a esse território do desconhecido.

A senhora do reino da morte é, como elemento, a terra fofa, que recebe os cadáveres, os acalenta e esquenta, numa repetição do ventre, da vida intra-uterina. É, por isso, cercada de muitos mistérios no culto e tratada pelos praticantes da Umbanda e do Candomblé, com menos familiaridade que os Orixás mais extrovertidos como Ogum e Xangô, por exemplo.

Muitos são portanto os mistérios que Nanã esconde, pois nela entram os mortos e através dela são modificados para poderem nascer novamente. Só através da morte é que poderá acontecer para cada um a nova encarnação, para novo nascimento, a vivência de um novo destino – e a responsável por esse período é justamente Nanã. Ela é considerada pelas comunidades da Umbanda e do Candomblé, como uma figura austera, justiceira e absolutamente incapaz de uma brincadeira ou então de alguma forma de explosão emocional. Por isso está sempre presente como testemunha fidedigna das lendas. Jurar por Nanã, por parte de alguém do culto, implica um compromisso muito sério e inquebrantável, pois o Orixá exige de seus filhos-de-santo e de quem a invoca em geral sempre a mesma relação austera que mantém com o mundo.

Nanã forma par com Obaluaiê. E enquanto ela atua na decantação emocional e no adormecimento do espírito que irá encarnar, ele atua na passagem do plano espiritual para o material (encarnação), o envolve em uma irradiação especial, que reduz o corpo energético ao tamanho do feto já formado dentro do útero materno onde está sendo gerado, ao qual já está ligado desde que ocorreu a fecundação.

Este mistério divino que reduz o espírito, é regido por nosso amado pai Obaluaiê, que é o “Senhor das Passagens” de um plano para outro.

Já nossa amada mãe Nanã, envolve o espírito que irá reencarnar em uma irradiação única, que dilui todos os acúmulos energéticos, assim como adormece sua memória, preparando-o para uma nova vida na carne, onde não se lembrará de nada do que já vivenciou. É por isso que Nanã é associada à senilidade, à velhice, que é quando a pessoa começa a se esquecer de muitas coisas que vivenciou na sua vida carnal.

Portanto, um dos campos de atuação de Nanã é a “memória” dos seres. E, se Oxóssi aguça o raciocínio, ela adormece os conhecimentos do espírito para que eles não interfiram com o destino traçado para toda uma encarnação.

Em outra linha da vida, ela é encontrada na menopausa. No inicio desta linha está Oxum estimulando a sexualidade feminina; no meio está Yemanjá, estimulando a maternidade; e no fim está Nanã, paralisando tanto a sexualidade quanto a geração de filhos.

Esta grande Orixá, mãe e avó, é protetora dos homens e criaturas idosas, padroeira da família, tem o domínio sobre as enchentes, as chuvas, bem como o lodo produzido por essas águas.

Quando dança no Candomblé, ela faz com os braços como se estivesse embalando uma criança. Sua festa é realizada próximo do dia de Santana, e a cerimônia se chama Dança dos Pratos.

Origem

Nanã, é um Orixá feminino de origem daomeana, que foi incorporado há séculos pela mitologia iorubá, quando o povo nagô conquistou o povo do Daomé (atual Republica do Benin) , assimilando sua cultura e incorporando alguns Orixás dos dominados à sua mitologia já estabelecida.

Resumindo esse processo cultural, Oxalá (mito ioruba ou nagô) continua sendo o pai e quase todos os Orixás. Iemanjá (mito igualmente ioruba) é a mãe de seus filhos (nagô) e Nanã (mito jeje) assume a figura de mãe dos filhos daomeanos, nunca se questionando a paternidade de Oxalá sobre estes também, paternidade essa que não é original da criação das primeiras lendas do Daomé, onde Oxalá obviamente não existia. Os mitos daomeanos eram mais antigos que os nagôs (vinham de uma cultura ancestral que se mostra anterior à descoberta do fogo). Tentou-se, então, acertar essa cronologia com a colocação de Nanã e o nascimento de seus filhos, como fatos anteriores ao encontro de Oxalá e Iemanjá.

É neste contexto, a primeira esposa de Oxalá, tendo com ele três filhos: Iroco (ou Tempo), Omolu (ou Obaluaiê) e Oxumarê.

CARACTERÍSTICAS

Cor Roxa ou Lilás (Em algumas casas: branco e o azul)

Fio de Contas Contas, firmas e miçangas de cristal lilás.

Ervas Manjericão Roxo, Colônia, Ipê Roxo, Folha da Quaresma, Erva de Passarinho,

Dama da Noite, Canela de velho, Salsa da Praia, Manacá. (Em algumas casas: assa peixe, cipreste, erva macaé, dália vermelho escura, folha de berinjela, folha de limoeiro, manacá, rosa vermelho escura, tradescância)

Símbolo Chuva.

Pontos da Natureza Lagos, águas profundas, lama, cemitérios, pântanos.

Flores Todas as flores roxas.

Essências Lírio, Orquídea, limão, narciso, dália.

Pedras Ametista, cacoxenita, tanzanita

Metal Latão ou Níquel

Saúde Dor de cabeça e Problemas Intestino

Planeta Lua e Mercúrio

Dia da Semana Sábado (Em algumas casas: Segunda)

Elemento Água

Chakra Frontal e Cervical

Saudação Saluba Nanã

Bebida Champanhe

Animais Cabra, Galinha ou Pata. (Brancas)

Comidas Feijão Preto com Purê de Batata doce. Aberum. Mungunzá

Numero 13

Data Comemorativa 26 de julho

Sincretismo: Nossa Senhora Santana

Incompatibilidades: Lâminas, multidões.

Qualidades: Ologbo, Borokun, Biodun, Asainán, Elegbe, Susure

ATRIBUIÇÕES

A orixá Nanã rege sobre a maturidade e seu campo preferencial de atuação é o racional dos seres. Atua decantando os seres emocionados e preparando-os para uma nova “vida”, já mais equilibrada .

AS CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE NANÃ

Uma pessoa que tenha Nanã como Orixá de cabeça, pode levar em conta principalmente a figura da avó: carinhosa às vezes até em excesso, levando o conceito de mãe ao exagero, mas também ranzinza, preocupada com detalhes, com forte tendência a sair censurando os outros. Não tem muito senso de humor, o que a faz valorizar demais pequenos incidentes e transformar pequenos problemas em grandes dramas. Ao mesmo tempo, tem uma grande capacidade de compreensão do ser humano, como se fosse muito mais velha do que sua própria existência. Por causa desse fator, o perdão aos que erram e o consolo para quem está sofrendo é uma habilidade natural. Nanã, através de seus filhos-de-santo, vive voltada para a comunidade, sempre tentando realizar as vontades e necessidades dos outros.

Às vezes porém, exige atenção e respeito que julga devido mas não obtido dos que a cercam. Não consegue entender como as pessoas cometem certos enganos triviais, como optam por certas saídas que para um filho de Nanã são evidentemente inadequadas. É o tipo de pessoa que não consegue compreender direito as opiniões alheias, nem aceitar que nem todos pensem da mesma forma que ela.

Suas reações bem equilibradas e a pertinência das decisões, mantém-nas sempre no caminho da sabedoria e da justiça.

Todos esses dados indicam também serem os filhos de Nanã, um pouco mais conservadores que o restante da sociedade, desejarem a volta de situações do passado, modos de vida que já se foram. Querem um mundo previsível, estável ou até voltando para trás: são aqueles que reclamam das viagens espaciais, dos novos costumes, da nova moralidade, etc.

Quanto à dados físicos, são pessoas que envelhecem rapidamente, aparentando mais idade do que realmente têm.

Os filhos de Nanã são calmos e benevolentes, agindo sempre com dignidade e gentileza. São pessoas lentas no exercício de seus afazeres, julgando haver tempo para tudo, como se o dia fosse durar uma eternidade. Muito afeiçoadas às crianças, educam-nas com ternura e excesso de mansidão, possuindo tendência a se comportar com a indulgência das avós. Suas reações bem equilibradas e a pertinência de suas decisões mantêm-nas sempre no caminho da sabedoria e da justiça, com segurança e majestade.

O tipo psicológico dos filhos de NANÃ à introvertido e calmo. Seu temperamento é severo e austero. Rabugento, é mais temido do que amado. Pouco feminina, não tem maiores atrativos e à muito afastada da sexualidade. Por medo de amar e de ser abandonada e sofrer, ela dedica sua vida ao trabalho, à vocação, à ambição social.

COZINHA RITUALÍSTICA

Canjica branca

Canjica branca cozida, leite de coco. Colocar a canjica em tigela de louça branca, despejando mel por cima, e uvas brancas, se desejar.

Berinjela com inhame

Berinjela aferventada e cortada verticalmente em 4 partes; Inhames cozidos em água pura, com casca, e cortados em rodelas.; Arrumados em um alguidar vidrado, regado com mel.

Sarapatel

Lava-se miúdos de porco com água e limão. Corta-se em pedaços pequenos e tempera-se com coentro, louro, pimenta do reino, cravos da índia, caldo de limão e sal. Cozinha-se tudo no fogor. Quando tudo estiver macio, junta-se sangue de porco e ferve-se. Sirve-se, acompanhado de farinha de mandioca torrada ou arroz branco.

Paçoca de amendoim

Amendoins torrados e moídos misturados com farinha de mandioca crua, açúcar e uma pitada de sal.

Efó

Ferve-se 1 maço bem grande de língua de vaca, espinafre ou beterraba. Depois amassar até virar um purê; Passa-se por uma peneira e espalhe a massa para evaporar toda a água; Depois de seca, coloca-se numa panela, junto com azeite de dendê, camarões secos, pimenta do reino, cebola, alho e sal. Cozinha-se com a panela tampada e em fogo baixo; É servido com arroz branco.

Aberum

Milho torrado e pilado.

Obs. Nanã também recebe:Calda de ameixa ou de figo; melancia, uva, figo, ameixa e melão, tudo depositado à beira de um lago ou mangue.

LENDAS DE NANÃ

Como Nanã Ajudou na Criação do Homem

Dizem que quando Olorum encarregou Oxalá de fazer o mundo e modelar o ser humano, o Orixá tentou vários caminhos. Tentou fazer o homem de ar, como ele. Não deu certo, pois o homem logo se desvaneceu. Tentou fazer de pau, mas a criatura ficou dura. De pedra, mas ainda a tentativa foi pior. Fez de fogo e o homem se consumiu. Tentou azeite, água e até vinho de palma, e nada. Foi então que Nanã veio em seu socorro e deu a Oxalá a lama, o barro do fundo da lagoa onde morava ela, a lama sob as águas, que é Nanã. Oxalá criou o homem, o modelou no barro. Com o sopro de Olorum ele caminhou. Com a ajuda dos Orixá povoou a Terra. Mas tem um dia que o homem tem que morrer. O seu corpo tem que voltar à terra, voltar à natureza de Nanã. Nanã deu a matéria no começo mas quer de volta no final tudo o que é seu.

Fonte:http://umbanda.wordpress.com/2007/01/31/nana/

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Agradar ou ser Agradavel????

Em muitos momentos de nossa vida vivemos uma vida que não é nossa sempre tentando agradar a todos e muitas vezes abafando nossos desejos ,vontades ou nosso querer.
Imagino até que ponto devemos fazer isso , quantos "sim dizemos querendo dizer um NÃO só para fazer os outros felizes , satisfeitos e etc...
Sei que não podemos e nem devemos arrumar encrencas nem brigas e não é disso que estou dizendo, mas simplismente para que você comece a olhar em sua vida o que agrada você?
Você ja se perguntou isso?
O que me agrada?
Vemos pessoas que arrastam "cruzes" uma vida inteira reclamando de tudo e de todos e não conseguem enxergar que basta boa vontade sua com você mesmo para que isso mude!
Viver é viver , e viver um pouco de si para si próprio é importante ter aquele momento seu em que você faz um balanço de como anda sua vida.
Porque no dia a dia nos preocupamos com tudo é conta pra pagar , é o chefe que enche o saco , é o marido ou a mulher que não nos agrada como pensamos que agradaria enfim uma série de coisas que apenas nos encobre o que realmente precisamos.
Ser Feliz é possivel e não precisamos de fortunas para que isso aconteça , basta nos olharmos e nos enxergarmos , ver o que queremos para nós no futuro e plantar coisas boas dentro de nossos corações.
Afinal um "sim" muitas vezes agrada mas um "não" muitas vezes ensina quem o escutou e alivia quem o disse.
Axé a todos!
Pai Otávio D' Xangô