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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Parábola entre Pai e Filho!

“ Só R$ 25,00...?”



Um homem chegou em casa tarde do trabalho, cansado e irritado encontrou o seu filho de 7 anos esperando por ele na porta.

Pai, posso fazer-lhe uma pergunta?

O que é? Respondeu o homem.

Pai, quanto você ganha em uma hora?

Isso não é da sua conta. Porque você esta perguntando uma coisa dessas?

O homem disse agressivo.

Eu só quero saber. Por favor, me diga quanto você ganha em uma hora?

"Se você quer saber, eu ganho R$ 50 por hora.”

Ah..." o menino respondeu, com sua cabeça para baixo.

Pai, pode me emprestar R$ 25,00??

O pai estava furioso, "Essa é a única razão pela qual você me perguntou isso?

Pensa que é assim que você pode conseguir algum dinheiro para comprar um brinquedo ou algum outro disparate? Vá direto para o seu quarto e vá para a cama.

Pense sobre o quanto você está sendo egoísta. Eu não trabalho duramente todos os dias para tais infantilidades...?

O menino foi calado para o seu quarto e fechou a porta.

O homem sentou e começou a ficar ainda mais nervoso sobre as questões do menino. Como ele ousa fazer essas perguntas só para ganhar algum dinheiro?

Após cerca de uma hora, o homem tinha se acalmado e começou a pensar:

Talvez houvesse algo que ele realmente precisava comprar com esses R$ 25,00 e ele realmente não pedia dinheiro com muita frequência.

O homem foi para a porta do quarto do menino e abriu a porta.

Você está dormindo, meu filho? " Ele perguntou.

Não pai, estou acordado?, respondeu o garoto ...

Eu estive pensando, talvez eu tenha sido muito duro com você à pouco?, afirmou o homem.

"Tive um longo dia e acabei descarregando em você. Aqui estão os R$ 25,00 que você me pediu. "

O menino se levantou sorrindo. "Oh, obrigado pai!”gritou. Então, chegando em seu travesseiro ele puxou alguns trocados amassados.

O homem viu que o menino já tinha algum dinheiro, e começou a se enfurecer novamente.

O menino lentamente contou o seu dinheiro , em seguida olhou para seu pai..

Por que você quer mais dinheiro se você já tinha? Gruniu o pai.

Porque eu não tinha o suficiente, mas agora eu tenho", respondeu o menino.



" Papai, eu tenho R$ 50 agora. Posso comprar uma hora do seu tempo? Por favor, chegue mais cedo amanhã em casa . Eu gostaria de jantar com você."



O pai foi destroçado. Ele colocou seus braços em torno de seu filho, e pediu o seu perdão.......

É apenas uma pequena lembrança a todos vocês que trabalham arduamente na vida.

Não devemos deixar escorregar através dos nossos dedos o tempo sem ter passado algum desse tempo com aqueles que realmente importam para nós,

os que estão perto de nossos corações. Não se esqueça de compartilhar esses R$ 50,00 no valor do seu tempo com alguém que você gosta/ama.



Se morrermos amanhã, a empresa para a qual estamos trabalhando, poderá facilmente substituir-nos em uma questão de horas.

Mas a família e amigos que deixamos para trás irão sentir essa perda para o resto de suas vidas...

domingo, 17 de abril de 2011

S

Salve a todos!

Hoje estou aqui para escrever mais uma vez dessa pessoa que a cada dia mais eu admiro e acho que não tem que não o admira !
Hoje assisti o 2° filme que encerra as comemorações do centenário de Chico Xavier , intitulado de " As mães de Chico".
O filme tem um cunho todo voltado as mães de Chico , pois mostra a trajetória de várias mães que apesar de todo sofrimento tiveram uma contenda de conforto pelas cartas psicografadas pelo médium.
Vejo como Chico faz falta nesse mundo pois uma gota de paz ele sempre conseguia transmitir nos corações mais aflitos.
Aprendi o quanto temos que valorizar nosso tempo com quem amamos , abraçar mais nossos filhos ama-los enquanto os tempo nos deixa !
Aprendi que Deus escreve certo por linhas tortas , mas essas linhas são difíceis de serem interpretadas por nós , rasgando muitas vezes nossas almas em fatias , onde juntar os cacos se torna um tanto cansativo mas necessário.
Recomendo a todos assistirem e ver que o compromisso com que Chico tinha para com todos anônimos que o buscavam tentando encontrar um conforto e encontravam mais que um amigo , um irmão , encontravam a face de Deus perpetuando paz e amor em todos corações!

Axé a todos!

Pai Otavio de Xangô

segunda-feira, 11 de abril de 2011

SOU FELIZ SOU UMBANDISTA!

SOU FELIZ SOU UMBANDISTA!

Salve a todos irmãos de fé !
Hoje venho felicitar a todos Umbandistas de coração .
De coração sim pois a Umbanda é Amor sublime que nos inunda de Felicidade!
Cada gira é um aprendizado diferente que temos e carregamos em nossos caminhos!
Umbanda é o anti-inflamatório de nossas almas cansadas e pesadas!
Aprendemos com ela que o mundo é leve , iluminado e que essa luz não tem barreiras para poder nos acalentar nossa jornada!
Umbanda é o curativo que cicatriza toda e qualquer ferida que a vida pode nos causar , e mesmo ferido muitas vezes com ela em nosso coração não desistimos de viver!
Lembro como hoje a primeira vez que coloquei meus pés em um terreiro , guardo até hoje as primeiras palavras proferidas a mim por um caboclo na qual me resgatou do vazio profundo que a minha vida se encontrava.
E se vim pela dor como muitos dizem , hoje estou aqui pelo AMOR sublime que essa religião maravilhosa me mostrou.
A Perfeição em meu caminho ainda se faz longa mas não canso de tentar encontra-la e sei que todos vocês também não.
Pois somos falhos , cheio de defeitos e rancores , mas nossa Umbanda nos limpa com uma paciência magnífica.
Pois ela ensina a nós que não é a pressa que nos fará levantar e sim a humildade de saber que servimos algo muito maior que as nossas concepções ainda conseguem perceber!
Aprendo a cada dia a dar valor a tudo que tenho para ai sim querer algo mais , as coisas simples da vida se tornam luminosas e resplandecem em minha alma de uma forma suave e altiva!
Creio que muitos ainda tem vergonha de dizer Sou Umbandista pois a sociedade de forma irracional segue moldes ditados pela moda , mídia entre outros!
Mas com a Umbanda aprendi que não precisamos de muito espaço para fazer ela ecoar aos quatro cantos do mundo , pois seu trabalho é silencioso e mesmo assim sendo traz resultados maravilhosos a quem a busca com fé!
Aprendi com a Umbanda que não temos roteiro a seguir , nem nenhum livro sagrado que possa nos guiar , mas temos a boa vontade de servir a Deus nos doando em tempo e principalmente me vontade .
Aprendi que não estamos e nunca estaremos sozinho nessa jornada pois seremos sempre amparados enquanto levarmos a Umbanda na alma e no nosso coração de maneira verdadeira e sublime!
Como ouvi em uma linda canção ...” Umbanda é amor é caridade eu sei , nós somos filhos de Umbanda também “ , façamos de coração , pois de coração sempre pedimos e de coração somos ouvidos!
Que a Umbanda o transforme a viver seus caminhos singelos e ao mesmo tempo tão cheios de Luz !
Que seus guias , mentores , guardiões o protejam sempre e acredite que se hoje você é feliz , é porque a Umbanda está em vosso coração , ajudando-o a pulsar a cada vez mais forte em vosso peito!
Ame a Umbanda , tenha compromisso com a Umbanda , respeite a Umbanda e principalmente sinta ela em vossa vida pois ela sempre o envolverá em uma felicidade Divina!
Axé a todos Irmãos que os Orixás o iluminem sempre em vossos caminhos!
Pai Otavio de Xangô

domingo, 10 de abril de 2011

Ogum


Ogum (em yoruba: Ògún) é, na mitologia yoruba, o orixá ferreiro,[1] senhor dos metais. O próprio Ogum forjava suas ferramentas, tanto para a caça, como para a agricultura, e para a guerra. Na África seu culto é restrito aos homens, e existiam templos em Ondo, Ekiti e Oyo. Era o filho mais velho de Oduduwa, o fundador de Ifé, identificado no jogo do merindilogun pelos odu etaogunda, odi e obeogunda, representado materialmente e imaterial pelo candomblé, através do assentamento sagrado denominado igba ogun.
Ogum é considerado o primeiro dos orixás a descer do Orun (o céu), para o Aiye (a Terra), após a criação, um dos semideuses visando uma futura vida humana. Em comemoração a tal acontecimento, um de seus vários nomes é Oriki ou Osin Imole, que significa o "primeiro orixá a vir para a Terra".
Ogum foi provavelmente a primeira divindade cultuada pelos povos yorubá da África Ocidental. Acredita-se que ele tenha wo ile sun, que significa "afundar na terra e não morrer", em um lugar chamado 'Ire-Ekiti'.
É também chamado por Ògún, Ogoun, Gu, Ogou, Ogun e Oggún. Sua primeira aparição na mitologia foi como um caçador chamado Tobe Ode

Família



Assentamento de Ogum candomblé.
É filho de Oduduwa e Yembo, irmão de Xangô, Oxossi, Oxun e Eleggua. Ogum é o filho mais velho de Odudua, o herói civilizador que fundou a cidade de Ifé. Quando Odudua esteve temporariamente cego, Ogum tornou-se seu regente em Ifé.
Ogum é um orixá importantíssimo na África e no Brasil. Sua origem, de acordo com a história, data de eras remotas. Ogum é o último imolé.
Os Igba Imolé eram os duzentos orixás da direita que foram destruídos por Olodumaré após terem agido mal. A Ogum, o único Igba Imolé que restou, coube conduzir os Irun Imole, os outros quatrocentos orixás da esquerda.
Foi Ogum quem ensinou aos homens como forjar o ferro e o aço. Ele tem um molho de sete instrumentos de ferro: alavanca, machado, pá, enxada, picareta, espada e faca, com as quais ajuda o homem a vencer a natureza.

O guerreiro
Era um guerreiro que brigava sem cessar contra os reinos vizinhos. Dessas expedições, ele trazia sempre um rico espólio e numerosos escravos. Guerreou contra a cidade de Ará e a destruiu. Saqueou e devastou muitos outros estados e apossou-se da cidade de Irê, matou o rei, aí instalou seu próprio filho no trono e regressou glorioso, usando ele mesmo o título de Oníìré, "Rei de Irê". Tem semelhança com o vodum Gu.

Arquétipo

De acordo com Pierre Verger, o arquétipo de Ogum é o das pessoas fortes, aguerridas e impulsivas, incapazes de perdoar as ofensas de que foram vítimas. Das pessoas que perseguem energicamente seus objetivos e não se desencorajam facilmente. Daquelas que, nos momentos difíceis, triunfam onde qualquer outro teria abandonado o combate e perdido toda a esperança.[3] Das que possuem humor mutável, passando de furiosos acessos de raiva ao mais tranqüilo dos comportamentos. Finalmente, é o arquétipo das pessoas impetuosas e arrogantes, daquelas que se arriscam a melindrar os outros por uma certa falta de discrição quando lhe prestam serviços, mas que, devido à sinceridade e franqueza de suas intenções, tornam-se difíceis de serem odiadas.

Na tradição religiosa afro-brasileira Candomblé, Ogum (como é conhecida essa divindade yorubá no idioma português) é frequentemente identificado com São Jorge. Isto acontece, por exemplo, no estado do Rio Grande do Sul e na cidade do Rio de Janeiro. No entanto, Ogum também é representado por Santo Antonio, como frequentemente é feito na região nordeste do Brasil, por exemplo, na Bahia.

Características
Dia: terça-feira;
Metal: ferro;
Cor: vermelho (Umbanda) azul marinho ou azul escuro e verde(Candomblé).
Comida: feijoada e inhame;
Arquétipo: impetuosos, autoritários, cautelosos, trabalhadores, desconfiados e um pouco egoístas;
Símbolos: espada, facão, corrente de ferro.

Ogum é um orixá cultuado nas religiões de Umbanda e Candomblé, correspondendo a São Jorge, na Igreja Católica no sincretismo religioso. Seu dia é o 23 de abril.

Logum ou Ologum (olo = senhor, Gum = guerra, ou seja, o senhor da guerra ou guerreiro) é uma divindade da cultura Iorubá, região onde localiza-se hoje a Nigéria. Nos domínios de Obéocutá, seu culto era essencialmente agrário, como ainda o é, é a divindade do ferro, quem produz as ferramentas necessárias ao cultivo. Nesta Região, poucos são os que dominam a arte de funndir e moldar o ferro de forma manual. Por isso, todos que dominam esta técnica são protegidos de Ogum. Na Africa, a organização teológica funciona difrente à forma como se desenvolve a religiosidade afro no Brasil. Lá, as pessoas acreditam que a divindade Iorubá é um ancestral comum aos moradores da tribo, cidade, ou etnia. No caso, grande parte das pessoas que praticam as religiões "tradicionais" da região de Obéocutá, acreditam que Ogum seria seu ancestral divinizado. Quanto ao mito, ogum é lembrado como conquistador e caçador, a quem sempre defendeu os seus e sempre proveu de alimentos sua tribo. Contudo, no Brasil seu mito muda de aspecto, devido a lógica da escravidão, os africanos acabam por exaltar outros aspectos desta divindade, de forma a contamplar seus anseios, buscando se livrar dos castigos dos seus Senhores, passavam então a privilegiar o aspecto guerreiro e violênto da divindade. Ogum é o guerreiro, general destemido e estratégico, é aquele que veio para ser o vencedor das grandes batalhas, o desbravador que busca a evolução.
Defensor dos desamparados, segundo a lenda, Ogum andava pelo mundo comprando a causa dos indefesos, sempre muito justo e benevolente. Ele era o ferreiro dos orixás, senhor das armas e dono das estradas. Irreverente, pois é um orixá valente, traz na espada tudo o que busca.
É o protetor dos policiais, ferreiros, escultores, caminhoneiros e todos os guerreiros.
Santo correspondente na Igreja Católica: São Jorge no Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul. Santo António de Pádua na Bahia.
Cores predominantes de ogum nas guias: Azul marinho no Candomblé. Vermelho na Umbanda, sendo que na Umbanda do Rio Grande do Sul muitos terreiros utilizam o verde, vermelho e branco. Entretanto as cores são determinadas pelo guia e conforme o reino em que trabalham e para qual Orixá.
Na Umbanda há diversos falangeiros seus como Ogum Beira-Mar, Ogum Marinho, Ogum 7 Ondas, Ogum 7 Cachoeiras, Ogum Megê, Ogum Timbiri, Ogum Yara, Ogum Dilê, Ogum Matinata, Ogum Rompe Mato, Ogum 7 Espadas, Ogum de Malê das Matas, Ogum 7 Escudos, Ogum 7 Lanças entre outros.
referências BASTIDE, Roger. As Religiões Africanas no Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo. BENISTE, José. Orun Aiye: o encontro de dois mundos. Rio de Janeiro: madras. 2006.

Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Ogum_na_Umbanda

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Exu (orixá)


Èsù é um Orixá africano, também conhecido como: Exu, Esu, Eshu, Bara, Ibarabo, Legbá, Elegbara, Eleggua, Akésan, Igèlù, Yangí, Ònan, Lállú, Tiriri, Ijèlú. Algumas cidades onde se cultua o Exu são: Ondo, Ilesa, Ijebu, Abeokuta, Ekiti, Lagos.

História

Exu é o orixá da comunicação. É o guardião das aldeias, cidades, casas e do axé, das coisas que são feitas e do comportamento humano. A palavra Èsù em yorubá significa “esfera” e, na verdade, Exu é o orixá do movimento.
Ele é quem deve receber as oferendas em primeiro lugar a fim de assegurar que tudo corra bem e de garantir que sua função de mensageiro entre o Orun e o Aiye, mundo material e espiritual, seja plenamente realizada.
Na África na época das colonizações, o Exu foi sincretizado erroneamente com o diabo cristão pelos colonizadores, devido ao seu estilo irreverente, brincalhão e a forma como é representado no culto africano, um falo humano ereto, simbolizando a fertilidade.
Por ser provocador, indecente, astucioso e sensual é comumente confundido com a figura de Satanás, o que é um absurdo dentro da construção teológica yorubá, posto que não está em oposição a Deus, muito menos é considerado uma personificação do Mal.Mesmo porque nesta religião não existem diabos ou mesmo entidades encarregadas única e exclusivamente por coisas ruins como fazem as religiões cristãs, estas pregam que tudo o que acontece de errado é culpa de um único ser que foi expulso, pelo contrário na mitologia yoruba, bem como no candomblé cada uma das entidades (Orixás) tem sua porção positiva e negativa assim como o próprio ser humano.
De caráter irascível, ele se satisfaz em provocar disputas e calamidades àquelas pessoas que estão em falta com ele.
No entanto, como tudo no universo, possui de um modo geral dois lados, ou seja: positivo e negativo. Exu também funciona de forma positiva quando é bem tratado. Daí ser Exu considerado o mais humano dos orixás, pois o seu caráter lembra o do ser humano que é de um modo geral muito mutante em suas ações e atitudes.
Conta-se na Nigéria que Exu teria sido um dos companheiros de Oduduà quando da sua chegada a Ifé e chamava-se Èsù Obasin. Mais tarde, tornou-se um dos assistentes de Orunmilá e ainda Rei de Ketu, sob o nome de Èsù Alákétú.
A palavra elegbara significa “aquele que é possuidor do poder (agbará)” e está ligado à figura de Exu.
Um dos cargos de Exu na Nigéria, mais precisamente em Oyó, é o cargo denominado de Èsù Àkeró ou Àkesán, que significa "chefe de uma missão", pois este cargo tem como objetivo supervisionar as atividades do mercado do rei.
Exu praticamente não possui ewós ou quizilas. Aceita quase tudo que lhe oferecem.
Os yorubás cultuam Exu em um pedaço de pedra porosa chamada Yangi, ou fazem um montículo grotescamente modelado na forma humana com olhos, nariz e boca feita de búzios. Ou ainda representam Exu em uma estatueta enfeitada com fileiras de búzios tendo em suas mãos pequeninas cabaças onde ele, Exu, carrega diversos pós de elementais da terra utilizados de forma bem precisa, em seus trabalhos.
Exu tem a capacidade de ser o mais sutil e astuto de todos os orixás. E quando as pessoas estão em falta com ele, simplesmente provoca mal entendidos e discussões entre elas e prepara-lhes inúmeras armadilhas. Diz um orìkì que: “Exu é capaz de carregar o óleo que comprou no mercado numa simples peneira sem que este óleo se derrame”.
E assim é Exu, o orixá que faz: O erro virar acerto e o acerto virar erro.
Èsù Alákétú possui essa denominação quando Exu, através de uma artimanha, conseguiu ser o Rei da região, tornando-se um dos Reis de Ketu. Sendo que as comunidades dessa nação no Brasil, o reverenciam também com este nome.
Todos os assentamentos de Exu possuem elementos ligados às suas atividades. Atividades múltiplas que o fazem estar em todos os lugares: a terra, pó, a poeira vinda dos lugares onde ele atuará. Ali estão depositados como elemento de força diante dos pedidos.

Brasil



Exu.
No Brasil, no candomblé, Exu é um dos mais importantes Orixás e sempre é o primeiro a receber as oferendas, as cantigas, as rezas, é saudado antes de todos os Orixás, antes de qualquer cerimônia ou evento. O Exu Orixá não incorpora em ninguém para dar consultas como fazem os Exus de Umbanda, eles são assentados na entrada das casas de candomblé como guardiões, e em toda casa de candomblé tem um quarto para Exu, sempre separado dos outros Orixás, onde ficam todos os assentamentos dos exus da casa e dos filhos de santo que tenham exu assentado.
É astucioso, vaidoso, culto e dono de grande sabedoria, grande conhecedor da natureza humana e dos assuntos mundanos daí a assimilação com o diabo pelos primeiros missionários que, assustados, dele fizeram o símbolo da maldade e do ódio. Porém " … nem completamente mau, nem completamente bom … ", na visão de Pierre Verger no texto de sua autoria "Iniciação" - contido no documentário "Iconografia dos Deuses Africanos no Candomblé da Bahia", Exu reage favoravelmente quando tratado convenientemente, identificado no jogo do merindilogun pelo odu okaran.


Sacrifício para Exu.
Exu recebe diversos nomes, de acordo com a função que exerce ou com suas qualidades: Elegbá ou Elegbará, Bará ou Ibará, Alaketu, Agbô, Odara, Akessan, Lalu, Ijelu (aquele que rege o nascimento e o crescimento de tudo o que existe), Ibarabo, Yangi, Baraketu (guardião das porteiras), Lonan (guardião dos caminhos), Iná (reverenciado na cerimônia do padê).
A segunda-feira é o dia da semana consagrado a Exu. Suas cores são o vermelho e o preto; seu símbolo é o ogó (bastão com cabaças que representa o falo); suas contas e cores são o preto e o vermelho; as oferendas são bodes e galos, pretos de preferência, e aguardente, acompanhado de comidas feitas no azeite de dendê. Aconselha-se nunca lhe oferecer certo tipo de azeite, o Adí, por ser extraído do caroço e não da polpa do dendê e portar a violência e a cólera. Sua saudação é "Larôye!" que significa o bem falante e comunicador.
Consiste o padê em um prato de farofa amarela, acaçá, azeite-de-dendê e um copo de água ou cachaça, que são “arriados” para Exu.
Na nação de angola ou candomblé de Angola Exu recebe o nome de Aluvaiá, pambu Njila, Pambu Njila, e Legbá, no Candomblé Jeje.
Não deve ser confundido com a entidade Exu de Umbanda.pois os exus de umbanda sao entidades de pessoas desencarnadas que por motivos de evoluçao espiritual retornaram a terra para cumprir essa missao junto ao seus seguidores . essas entidades sao confundidas com esu ou exu do candonble devido a proximidade que exu tem com os homens,mas na verdade nao sao considerados orixas como o esu(exu)e sim quiumbas que sao conhecedores das vontades dos homens e mulheres no plano terrestre por teren vivido em epocas diferentes mas com os mesmos problemas desejos e sonhos. No candomble de angola (naçao bantu,congo moxicongo)cultuamos as entidades de exu e pombagiras como ancestrais que por motivos espirituais nos trazem recados,cantigas,avisos,mas totalmente distinto do orixa esu ou ate mesmo de (pambu njila) que e a porçao feminina de esu no angola. por varios nomes podemos reconhecer os quiumbas exus de umbanda,exu tiriri,tranca ruas,exu veludo,exu gira mundo,capa preta,pinga fogo,veludo tata caveira ... a palavra "pombagira" na verdade e um pronuncia "abrasileirada" do lingua bantu africana pombogira Pampu Nijila que por ser uma porçao mais feminina do mesmo exu africano se confindiu com a entidade feminina de exu na umbanda. ex:maria molambo pombogira muito conhecida no nordeste rio de janeiro,por suas graças e gracejos por suas palavras fortes e caracteristica de mulher revolucionaria guerreira tem seus devotos fiesis ,Maria Padilha,conhecida assim como Maria Molambo tambem tem seus seguidores sao as mais conhecidas nos candombles de angola entre outras estao Maria Zureta,Catarina ,Dama da Noite ,Sombra da noite,Sete encruzilhadas,Rosa dos ventos ,Rosa vermelha,Maria Bandida ,Dona Navalha.

Arquétipos

Seus filhos são sensuais, dominadores e inteligentes. Gostam da vida cercada de barulho, muitas pessoas e romances de todo tipo. Adoram festas e não se prendem a ninguém, são muito impulsivos. Mas se amam alguém, dão sua vida se for preciso, sem pensar em nada. Gostam de ajudar e trabalhar, mas podem se tornar vingativos e extremamente crueis.

Um pouco sobre ervas!

Na liturgia e nos rituais de Umbanda, vemos o uso de ervas seja na forma de amacís, imantações, banhos de descarga, etc. Isso porque as ervas detém grande quantidade de energia vital, no elemento vegetal, que através de suas combinações podem produzir determinado efeito positivo ou negativo, como tudo que é energia no Universo.

As ervas possuem forte poder para atuarem em nossa aura, em nosso campo energético, fato este já conhecido pelos indígenas, e demais povos ancestrais que já as utilizavam para diversos fins.

Como já dito, através do uso de sua energia as ervas podem ser classificadas quanto aos seus efeitos, sejam positivos, negativos ou neutros. Diante desse conhecimento, a Umbanda utiliza-se desse elemento para desenvolver seus rituais, seus descarregos, curas ou fortalecimentos, tudo comandado pelas entidades espirituais que determinam o uso apropriado do elemento vegetal conforme o caso.

Uma das formas de utilização das ervas na Umbanda, são na forma de banho. Os banhos de descarrego são usados para eliminar vibrações negativas, limpando o perispírito de miasmas negativos, magia negativa ou mesmo da influência de obsessores. Os banhos de fixação, para adquirir vibrações positivas, vitalizando os chacras do médium de energia positiva para fortalecimento dos processos mediúnicos ou de ligação do espírito encarnado com seus guias e entidades atuantes.

O uso destes banhos são de grande importância e depende do conhecimento e uso de ervas e raízes, nas suas diferentes qualidades e afinidades, que devem entrar na composição dos mesmos, não se podendo facilitar quanto a isso.


Geralmente para banhos deve-se usar as ervas frescas, e este deve ser preparado dentro de um ritual, o qual consiste em:

1. Nunca ferver as folhas junto com a água.

2. As folhas devem ser maceradas ou quinadas e colocadas em vasilhas de louça, ágata ou potes de barro.

3. Em alguns casos, quando não houver necessidade de água quente, as ervas devem ser quinadas diretamente sobre a água.

4. É conveniente usar sempre água de boa qualidade, como pôr exemplo: água de mina, de poço ou água mineral.

Ocorre uma diferenciação, também, na forma em que se deve tomar o banho. No de descarrego, deve-se molhar do pescoço para baixo, jamais a cabeça; já no banho de fixação, este deve ser tomado de corpo inteiro. Não se deve enxugar o corpo totalmente após os banhos indicados na Umbanda, para que haja maior captação ou eliminação da energia propiciada pelas ervas usadas no banho.

Deve-se, após o banho, as ervas utilizadas serem jogadas, de preferência em lugares de água corrente, como rios ou mar.

Há banhos para todos os Orixás e Entidades e muitos banhos têm dia e hora certos para tomar.

As ervas são também usadas no ritual do amaci.

Amaci é um banho de ervas que se faz no médium iniciante na Umbanda com as ervas específicas do Orixá de cabeça do médium, este banho é dado inclusive na cabeça do médium e tem a finalidade de limpar o campo astral e preparar o médium para entrar na corrente mediúnica, é uma preparação, uma espécie de primeira confirmação do médium na corrente mediúnica, é um vínculo energético do médium com o seu Orixá, com a casa e com o seu Pai no Santo porque somente o Pai no Santo pode dar este banho (entendam banho, como sendo a colocação do amací na coroa do médium) e colocar a mão na cabeça do médium.

A partir deste ponto o médium é um médium de Umbanda e está energeticamente vinculado ao seu Orixá.

Também visa propiciar ao médium maior contato com seus Orixás de Coroa, devendo o dirigente do templo colher as ervas de todos os Orixás, uma de cada pelo menos, e colocá-las quinadas dentro do preparo que será feito com as quatro águas (mar, cachoeira, chuva e fonte/mineral), com 3 (três) dias de antecedência do ritual do Amaci.

Além do amaci conforme descrito anteriormente, ao qual o médium se submete ao entrar para um templo de umbanda, anualmente é feito este ritual com a finalidade de preparar o médium para receber as energias vibrantes do terreiro, além de oferecer ao filho de fé a limpeza de seu campo áurico, bem como confirmar as entidades trabalhadoras da coroa daquele médium.

AS ERVAS DOS ORIXÁS

Abaixo estão relacionadas as ervas mais conhecidas e usadas na Umbanda para banhos e outras finalidades.

Oxalá - Boldo ou Tapete de Oxalá; Saião ou Folha da Costa ; Manjericão ou Alfavaca Branca ; Sândalo; Patchuli; Colônia; Alfazema; Algodoeiro; Capim Limão; Girassol; Maracujá; Jasmim; Erva Cidreira. entre outras.

Xangô - Levante ou Elevante; Quebra-Pedra; Fortuna ; Erva Lírio; Pata de Vaca; Pára-Raio; Gervão Roxo; Manjericão Branco; Erva de Santa Maria; Malva Branca; Sucupira; Limoeiro; Café; Alecrim do Mato, entre outras.

Ogum - Espada de São Jorge; Peregum Folhas Amarelas e Verdes; São Gonçalinho; Aroeira; Vence-Demanda; Comigo-Ningém-Pode; Romã; Jurubeba; Mangueira; Pinheiro; Goiabeira; Abacateiro; Canela, entre outras.

Obaluaiê (Omulu) - Hera; Canela de Velho; Assa-Peixe; Erva-de-Passarinho; Levante ou Alevante; Jurubeba; Manjericão Roxo; Camomila; Babosa; Mamona Branca; Aroeira; Jamelão; Carnaúba, entre outras.

Yemanjá - Manjericão; Colônia; Saião; Levante; Jasmim; Malva Rosa; Lágrimas de Nossa Senhora; Pata de Vaca; Parreira; Camomila ou Macela; Poeijo; Trevo; Violeta; Boldo; Alaga Marinha; Gerânio, entre outras.

Oxóssi - Alecrim do Campo; Peregun Verde; Mangueira; Chapéu de Coro; Abre Caminho; Vence-Demandas; Jureminha; Erva Doce; Pitangueira; Romã; Sabugueiro; Malva Rosa; Levante; Capim Limão; Violeta, entre outras.

Nanã - Erva Quaresma; Manjericão; Agoniada; Mostarda; Agrião; Bertalha; Espinafre; Hortênsia; Cedinho; Erva-Cidreira; Camomila; Beringela; Erva-Mate; Avenca; Jaqueira; Cavalinha, entre outras.

Oxum - Jasmim; Erva -Cidreira; Colônia; Agoniada; Camomila; Lágrimas de Nossa Senhora; Erva Doce; Lírio Amarelo; Mamão; Boldo; Vitória-Régia;Gengibre;Melancia;Agrião; Melão; Coentro; Celidônia, entre outras.

Yansã - Pára-Raio; Dormideira; Erva Santa Bárbara; Cana do Brejo; Erva Prata; Gervão Roxo; Anil.; Violeta; Losna; Arruda; Orquídea; Mal-me-quer; Alfazema; Anil; Cipó Azogue; Alfazema de Caboclo, entre outras.

Ibeji - Amoreira; Anil; Alfazema; Abre-Caminhos; Parreira; Colônia; Erva-Cidreira; Pitangueira; Camomila; Erva Doce; Cajá; Morango; Capim Limão; Lírio; Benjoim; Tangerina; Fruta de Conde; Hortelão, entre outras.

Exú - Vassourinha; Fumo; Babosa; Tiririca; Bananeira; Pinhão Roxo; Vence-Demandas; Comigo-Ninguém-Pode; Jurubeba; Urtiga; Amendoeira; Bambu, entre outras.

ERVAS PARA AFASTAR MAUS ESPÍRITOS

São usadas para fazer Sacudimentos de Pessoas e Ambientes como: Losna; Cipó; Comigo-Ninguém-Pode; Fumo; Alho; Crisântemo; Bananeira; Abre-Caminhos; Espada de São Jorge; Pinhão Roxo; Guiné; Mamona, entre outras.

ERVAS PARA AMULETO

Usadas com a finalidade de Proteção e Segurança, são as seguintes: Alfavaca ou Manjericão; Guiné; Arruda; Indirí; Alecrim; Canela Preta; Espada de São Jorge, entre outras.

ERVAS CONTRA FEITIÇOS

Betônica; Briônia, entre outras

ERVAS PARA TRABALHO

Tais como Imantação de Otás, Materiais de Culto, para o ORI, são elas: Obi; Orobô; Urucum; Dandá; Erva de Passarinho; Pimenta; Bejerecum; Bálsamo de Tolu; Choupo; Amansa-Besta; Canela; Aridam, entre outras.

Fonte:http://www.colegiodeumbanda.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=137&Itemid=46

INICIO DA UMBANDA!








É praticamente impossível falar de Umbanda e sua origem sem mencionar o nome de Zélio Fernandino de Moraes, como também falar sobre o Kardecismo sem mencionar Allan Kardec.

A Umbanda foi oficialmente declarada como religião em 1908, mo entanto, este episódio vem sendo relegado a plano secundário por várias correntes importantes (muitas inclusive surgiram a partir da Tenda Nossa Senhora da Piedade), que pregam a Umbanda como existente antes desta data. Nós adotamos a data da oficialização do Zélio de Moraes e os seus ensinamentos básicos, embora todas as correntes mereçam o devido respeito.Mas nada como o tempo, para corrigir as distorções entre os pregadores através da Lei do uso e do costume!

E aqui segue o relato do marco inicial da Umbanda:


Zélio Fernandino de Moraes nasceu no dia 10 de abril de 1891, no distrito de Neves, município de São Gonçalo - Rio de Janeiro. Aos dezessete anos quando estava se preparando para servir as Forças Armadas através da Marinha aconteceu um fato curioso: começou a falar em tom manso e com um sotaque diferente da sua região, parecendo um senhor com bastante idade. À princípio, a família achou que houvesse algum distúrbio mental e o encaminhou ao seu tio, Dr. Epaminondas de Moraes, médico psiquiatra e diretor do Hospício da Vargem Grande.

Após alguns dias de observação e não encontrando os seus sintomas em nenhuma literatura médica sugeriu à família que o encaminhassem a um padre para que fosse feito um ritual de exorcismo, pois desconfiava que seu sobrinho estivesse possuído pelo demônio. Procuraram, então também um padre da família que após fazer ritual de exorcismo não conseguiu nenhum resultado.
Tempos depois, Zélio foi acometido por uma estranha paralisia, para o qual os médicos não conseguiram encontrar a cura. Passado algum tempo, num ato surpreendente Zélio ergueu-se do seu leito e declarou: "Amanhã estarei curado".


No dia seguinte começou a andar como se nada tivesse acontecido. Nenhum médico soube explicar como se deu a sua recuperação. Sua mãe, D. Leonor de Moraes, levou Zélio a uma curandeira chamada D. Cândida, figura conhecida na região onde morava e que incorporava o espírito de um preto velho chamado Tio Antônio. Tio Antônio recebeu o rapaz e fazendo as suas rezas lhe disse que possuía o fenômeno da mediunidade e deveria trabalhar com a caridade.


O Pai de Zélio de Moraes Sr. Joaquim Fernandino Costa, apesar de não freqüentar nenhum centro espírita, já era um adepto do espiritismo, praticante do hábito da leitura de literatura espírita. No dia 15 de novembro de 1908, por sugestão de um amigo de seu pai, Zélio foi levado a Federação Espírita de Niterói. Chegando na Federação e convidados por José de Souza, dirigente daquela Instituição sentaram-se a mesa. Logo em seguida, contrariando as normas do culto realizado, Zélio levantou-se e disse que ali faltava uma flor. Foi até o jardim apanhou uma rosa branca e colocou-a no centro da mesa onde realizava-se o trabalho. Tendo-se iniciado uma estranha confusão no local ele incorporou um espírito e simultaneamente diversos médiuns presentes apresentaram incorporações de caboclos e pretos velhos. Advertidos pelo dirigente do trabalho a entidade incorporada no rapaz perguntou:


"- Porque repelem a presença dos citados espíritos, se nem sequer se dignaram a ouvir suas mensagens. Seria por causa de suas origens sociais e da cor?"


Após um vidente ver a luz que o espírito irradiava perguntou:


"- Porque o irmão fala nestes termos, pretendendo que a direção aceite a manifestação de espíritos que, pelo grau de cultura que tiveram quando encarnados, são claramente atrasados? Por que fala deste modo, se estou vendo que me dirijo neste momento a um jesuíta e a sua veste branca reflete uma aura de luz? E qual o seu nome meu irmão?"


Ele responde:


"- Se julgam atrasados os espíritos de pretos e índios, devo dizer que amanhã estarei na casa deste aparelho, para dar início a um culto em que estes pretos e índios poderão dar sua mensagem e, assim, cumprir a missão que o plano espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados. E se querem saber meu nome que seja este: Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque não haverá caminhos fechados para mim."


O vidente ainda pergunta:


"- Julga o irmão que alguém irá assistir a seu culto?"


Novamente ele responde:


"-Colocarei uma condessa em cada colina que atuará como porta-voz, anunciando o culto que amanhã iniciarei."


Depois de algum tempo todos ficaram sabendo que o jesuíta que o médium verificou pelos resquícios de sua veste no espírito, em sua última encarnação foi o Padre Gabriel Malagrida.


No dia 16 de novembro de 1908, na rua Floriano Peixoto, 30 – Neves – São Gonçalo – RJ, aproximando-se das 20:00 horas, estavam presentes os membros da Federação Espírita, parentes, amigos e vizinhos e do lado de fora uma multidão de desconhecidos. Pontualmente as 20:00 horas o Caboclo das Sete Encruzilhadas desceu e usando as seguintes palavras iniciou o culto:


"-Aqui inicia-se um novo culto em que os espíritos de pretos velhos africanos, que haviam sido escravos e que desencarnaram não encontram campo de ação nos remanescentes das seitas negras, já deturpadas e dirigidas quase que exclusivamente para os trabalhos de feitiçaria e os índios nativos da nossa terra, poderão trabalhar em benefícios dos seus irmãos encarnados, qualquer que seja a cor, raça, credo ou posição social. A pratica da caridade no sentido do amor fraterno, será a característica principal deste culto, que tem base no Evangelho de Jesus e como mestre supremo Cristo".


Após estabelecer as normas que seriam utilizadas no culto e com sessões diárias das 20:00 às 22:00 horas, determinou que os participantes deveriam estar vestidos de branco e o atendimento a todos seria gratuito. Disse também que estava nascendo uma nova religião e que chamaria Umbanda.
O grupo que acabara de ser fundado recebeu o nome de Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade e o Caboclo das Sete Encruzilhadas disse as seguintes palavras:


"- Assim como Maria acolhe em seus braços o filho, a tenda acolherá aos que a ela recorrerem nas horas de aflição, todas as entidades serão ouvidas, e nós aprenderemos com aqueles espíritos que souberem mais e ensinaremos aqueles que souberem menos e a nenhum viraremos as costas e nem diremos não, pois esta é a vontade do Pai."


Ainda respondeu perguntas de sacerdotes que ali se encontravam em latim e alemão.
O caboclo foi atender um paralítico, fazendo este ficar curado. Passou a atender outras pessoas que haviam neste local, praticando suas curas.
Nesse mesmo dia incorporou um preto velho chamado Pai Antônio, aquele que, com fala mansa, foi confundido como loucura de seu aparelho e com palavras de muita sabedoria e humildade e com timidez aparente, recusava-se a sentar-se junto com os presentes à mesa dizendo as seguintes palavras:


"- Nêgo num senta não meu sinhô, nêgo fica aqui mesmo. Isso é coisa de sinhô branco e nêgo deve arrespeitá",


Após insistência dos presentes fala:


"- Num carece preocupá não. Nêgo fica no toco que é lugá di nêgo".


Assim, continuou dizendo outras palavras representando a sua humildade. Uma pessoa na reunião pergunta se ele sentia falta de alguma coisa que tinha deixado na terra e ele responde:


"- Minha caximba.,nêgo qué o pito que deixou no toco. Manda mureque buscá".


Tal afirmativa deixou os presentes perplexos, os quais estavam presenciando a solicitação do primeiro elemento de trabalho para esta religião. Foi Pai Antonio também a primeira entidade a solicitar uma guia, até hoje usadas pelos membros da Tenda e carinhosamente chamada de "Guia de Pai Antonio".


No outro dia formou-se verdadeira romaria em frente a casa da família Moraes. Cegos, paralíticos e médiuns que eram dados como loucos foram curados.
A partir destes fatos fundou-se a Corrente Astral de Umbanda.
Após algum tempo manifestou-se um espírito com o nome de Orixá Malé, este responsável por desmanchar trabalhos de baixa magia, espírito que, quando em demanda era agitado e sábio destruindo as energias maléficas dos que lhe procuravam.


Dez anos depois, em 1918, o Caboclo das Sete Encruzilhadas recebendo ordens do astral fundou sete tendas

para a propagação da Umbanda, sendo elas as seguintes:


Tenda Espírita Nossa Senhora da Guia;
Tenda Espírita Nossa Senhora da Conceição;
Tenda Espírita Santa Bárbara;
Tenda Espírita São Pedro;
Tenda Espírita Oxalá;
Tenda Espírita São Jorge;
Tenda Espírita São Jerônimo.


As sete linhas que foram ditadas para a formação da Umbanda são: Oxalá, Iemanjá, Ogum, Iansã, Xangô, Oxossi e Exu.


Enquanto Zélio estava encarnado, foram fundadas mais de 10.000 tendas a partir das acima mencionadas.
Zélio nunca usou como profissão a mediunidade, sempre trabalhou para sustentar sua família e muitas vezes manter os templos que o Caboclo fundou, além das pessoas que se hospedavam em sua casa para os tratamentos espirituais, que segundo o que dizem parecia um albergue. Nunca aceitara ajuda monetária de ninguém era ordem do seu guia chefe, apesar de inúmeras vezes isto ser oferecido a ele.


O ritual sempre foi simples. Nunca foi permitido sacrifícios de animais. Não utilizavam atabaques ou qualquer outros objetos e adereços. Os atabaques começaram a ser usados com o passar do tempo por algumas das Tendas fundadas pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, mas a Tenda Nossa Senhora da Piedade não utiliza em seu ritual até hoje.


As guias usadas eram apenas as determinadas pelas entidades que se manifestavam.
A preparação dos médiuns era feita através de banhos de ervas e do ritual do amaci, isto é, a lavagem de cabeça onde os filhos de Umbanda afinizam a ligação com a vibração dos seus guias.
Após 55 anos de atividade, entregou a direção dos trabalhos da Tenda Nossa Senhora da Piedade a suas filhas Zélia e Zilméia, as quais até hoje os dirigem.


Mais tarde junto com sua esposa Maria Isabel de Moraes, médium ativa da Tenda e aparelho do Caboclo Roxo fundaram a Cabana de Pai Antonio no distrito de Boca do Mato, município de Cachoeira do Macacú – RJ. Eles dirigiram os trabalhos enquanto a saúde de Zélio permitiu.

Pai Zélio Fernandino de Moraes, faleceu aos 84 anos no dia 03 de outubro de 1975.
Pequeno Dicionario Umbandista


Abaré: Médium já desenvolvido.

Abaré-Guassu: Grande trabalho.

Abaré-Mirim: Médium em início de desenvolvimento.

Alguidar: Vasilha de barro onde se coloca comida votiva.

Aldeia: Terreiro; Templo; É o conjunto de pessoas nele contida (caboclo).

Amassi ou Amaci: Líquido preparado de folhas sagradas, maceradas em água, deixando repousar durante sete dias. É destinado a banhar a cabeça dos médiuns. As folhas são do orixá chefe do templo e as de Ossain.

Amarrado: Estado do indivíduo atingido por vibrações maléficas, que prejudicam sua vida, seus negócios.

Amuleto: Objeto com finalidade protetora (poder passivo), que se traz pendurado ao pescoço, consigo na roupa, guardado no bolso, na bolsa ou em casa. Considera-se que tenha o poder de afastar os maus fluídos que trazem doenças, má sorte, morte, etc. Pode ser medalha, figura, inscrição ou objetos, dentro de um saquinho ou qualquer objeto “preparado”, para defesa, de qualquer material: pedra, marfim, madeira, metal, pano, etc.

Aparelho: Designa a pessoa que serve de suporte para a “descida” do orixá ou da entidade do médium.

Aruanda: Céu; lugar onde mora os orixás e as entidades superiores.

Ajeum: Nome dado para as comidas votivas servidas dentro do terreiro.

B

Babá: Termo que entra em grande número de palavras, com diferentes significados. No sentido de pai, compõe o nome de diferentes sacerdotes: Babalorixá; Babaojê; Babalaô; Babalossain; etc. Chefe feminino nos templos de umbanda; títulos de Orixá nos candomblés.

Babalorixá: Chefe masculino de terreiro; Sacerdote de candomblé; ou de umbanda (a umbanda também o usa = Babalaô). Denominado popularmente “pai-de-santo”, dirige tanto o corpo administrativo como o sacerdotal. Substitui o Axogum; pode colher as ervas sagradas. Orienta a vida espiritual da comunidade religiosa.

Baixar: possuir por parte do orixá ou entidade, o corpo de um filho ou filha de santo.

Banda: Lugar de origem de entidade.

Breve: Espécie de patuá; pequeno envelope de pano ou couro, contendo uma oração ou imagem de santo. Usado como proteção.

Burro: Termo usado pelos exus incorporados para designar o médium.

C

Cabeça Maior: Pessoa de alta hierarquia no templo.

Cabeça de Legião: Exus batizados e que controlam os mais atrasados.

Calunga Grande: Mar; oceano.

Calunga Pequena: Cemitério.

Capangueiro: Termo usado no sentido de companheiro.

Caricó: Templo, Terreiro.

Carregado: Pessoa que está com má vibrações espirituais, o que é demonstrado por mal-estar, medo sem causa, etc.

Caruruto: Charuto.

Casa das Almas: Pequeno cômodo com velas, cruzes. Alguns templos colocam a imagem de Obaluaiê.

Casa Limpa: Templo livre de más influências e de demandas.

Catimbozeiro: Termo para chefe de catimbó, no sentido de feiticeiro terrível.

Cavalo: Pessoa que serve de suporte para os orixás ou entidades. É o médium.

Cera dos Três Reinos: 1: Carnaúba; 2: Abelha; 3: Parafina. São empregadas para trabalhos de umbanda. 1: Reino Vegetal; 2: Reino Animal; 3 Reino Mineral.

Chefe de Cabeça: Entidade guia protetora do médium. Chefe de Falange: entidade espiritual muito evoluída. Já livre de reencarnação. Que serve como guia a um conjunto de espíritos também adiantados e vibrantes em uma mesma corrente espiritual.

Chefe de Terreiro: O mesmo que dirigente espiritual.

Chefe de Legião: Entidade de grande evolução espiritual, que “descem” nos terreiros representando orixás, dentro de suas linhas ou correntes vibratórias.

Choque de Retorno: Ação de voltarem as más vibrações de um feitiço. Atingindo quem o fez ou encomendou.

Coité: Fruto do coitezeiro – seco ou partido com o meio pintado por dentro e por fora (cuia). Alguns usam coco, outros cabaça.

Compadre: Designação para Exu.

Consulta: Cerimônia dos clientes para resolver seus problemas.

Cazuá: Terreiro, Templo, Local.

D

Dar Firmeza ao Terreiro: Riscar ponto na porteira, sob o altar, defumar, cantar pontos, etc. São feitas antes de uma sessão, para afastar ou impedir a entrada de más influências espirituais.

Dar Passagem: Ato do orixá ou guia deixar o médium para que outra entidade nele se incorpore.

Dar passes: Até da entidade, através do médium incorporado, emitir vibrações que anulem as más influências sofridas pelos clientes, através de feitiço, olho gordo, inveja, etc. E que abrem os caminhos.

Demanda: Desentendimento, lutas entre orixás ou entidades, entre terreiros, entre pessoas de um terreiro.

Descarga: Ação de afastar do corpo de alguém ou de um ambiente, vibrações negativas ou maléficas por meio de banhos, passes, defumação, queima ou pólvora.

Descarregar: Livrar alguém de vibrações maléficas ou negativas.

Descer: Ato de orixá ou entidade incorporar.

Desencarnar: Ato do espírito da pessoa deixar o corpo – morrer.

Desenvolvimento: Aprendizado dos iniciados para melhoria de sua capacidade mediúnica; com a finalidade de incorporação de entidades. Não cair no chão, controlar o transe, etc.

Despachar: Colocar, arriar em local determinado pelos orixás ou entidades – guias, os restos de oferendas.

Despachar Exu: Enviar exu por meio de oferendas (de bebidas, comidas, cânticos e sacrifício animal), para impedir de perturbar a cerimônia.

Despacho: Oferenda feita a exu com a finalidade de enviá-lo como mensageiro aos orixás e de conseguir sua boa vontade, para que a cerimônia a ser feita, não seja perturbada. Oferta feita por terreiros de Quimbanda com a finalidade de pedir o mal para alguém, geralmente colocado em encruzilhada. Oferenda a exu com finalidade de desfazer trabalhos maléficos. Colocação no mato, nos rios, etc. das oferendas votivas trocadas no templo por outras novas.

E

Encarnação: Ato de vir um espírito à vida terrestre, tomando um corpo, ou voltar num corpo novo e continuar sua evolução espiritual.

Encosto: Espírito de pessoas mortas. Que se junta a uma pessoa viva, conscientemente ou não, prejudicando-a com suas vibrações negativas.

Encruza: Ritual realizado pelo dirigente espiritual antes do início das sessões e que consiste em traçar cruzes com pemba na testa, nunca no peito.

Encruza: Local onde habitam os exus; é o cruzamento dos caminhos, vias férreas, ruas, etc.

Engira: O mesmo que gira – trabalho – sessão.

Entidades: Seres espirituais na umbanda.

Escora: Pessoas que suporta os atabaques de espíritos obsessores sem ser prejudicados.

Espírito de Luz: Espírito muito desenvolvido, é superior, é puro.

Espírito sem Luz: Espírito inferior, pouco evoluído, apegado ainda à matéria.

Espíritos Obsessores: Espíritos sem nenhum desenvolvimento espiritual, que se apossam das pessoas, fazendo-as sentirem doentes, prejudicando-as em todos os sentidos.

F

Falange: O mesmo que legião, conjunto de seres espirituais que trabalham dentro de uma mesma corrente (linha). Subdivisão das linhas de umbanda, cada uma com suas funções definidas e dirigidas por um “chefe” – espírito superior.

Fechar a Gira: Encerrar uma sessão ou uma cerimônia em que tenha havido formação de corrente vibratória.

Fechar a Tronqueira: Fechar o terreiro às más vibrações dos quiumbas, por meio de defumação e aspersão de aguardente nos quatro cantos do local onde se realizará o culto.

Feitiço: Irradiação de forças negativas, maléficas contra alguém, despacho, objeto que contém vibrações maléficas
para atingir a quem tocar.

Filho de Fé: Designação do médium iniciante ou não.

Firmar: Concentrar-se para a incorporação.

Firmar Porteira: Riscar a entrada do templo, um ponto especial para protegê-lo de más influências ou fazer defumação na entrada, firmar = dar segurança.

Firmar Anjo da Guarda: Fortalecer por meio de rituais especiais e oferendas de comida votivas e orixá patrono do médium.

Firmar Ponto: Cantar coletivamente o ponto (cântico) determinado pela entidade que vai dirigir os trabalhos para conseguir uma concentração da corrente espiritual.

Firmeza: O mesmo que segurança, conjunto de objetos com força mística (axé); que enterrados no chão protegem um terreiro e constituem sua base espiritual.

Fluídos: Emanações positivas ou negativas, das forças cósmicas que podem ser manejadas por agentes espirituais para o bem ou para o mal.

Força Espiritual: Poderes e conhecimento que um médium tem quando em transe e quando as entidades que o protege têm. Grande poder, são fortes e importante no mundo astral.

Fundamentos: Leis de umbanda, suas crenças.

Fundanga: Pólvora.

G

Gira: Sessão religiosa, com cânticos e danças para cultuar as entidades espirituais.

Gira de Caboclo: Sessão religiosa, o mesmo que gira; só que voltada única e exclusivamente para a linha de caboclo.

Guia: Colar ritualístico especial para cada entidade. Entidade espiritual, espírito superior. Alguns são o guia protetor do templo, outros do médium. Geralmente o guia do terreiro incorpora no dirigente espiritual do templo.

Guia de Cabeça: Orixá ou entidade principal do médium, seu protetor.

Guia de frente: O mesmo que guia de cabeça.

H

Homem das Encruzilhadas: Exu.

Homem de Rua: Exu.

I

Incorporação: Transe, possessão mediúnica.

Incorporar: Entrar em transe “receber” a entidade.

L

Legião: Exercício de seres espirituais, o mesmo que falange. Conjunto de seres espirituais de grande evolução, conjunto de espíritos elementares (exus) em evolução.

Lei da Umbanda: A crença da umbanda e seus rituais.

Linha: Faixa de vibração, dentro da corrente vibratória espiritual. Um orixá também chamado protetor e que é chefe dos seres que vibram e atuam nessa faixa. Conjunto de falanges e que se subdivide uma faixa vibratória. Conjunto de representações (corporal, dança, cores, símbolos) e rituais (comidas, bebidas, dia da semana), etc.; de cada orixá ou entidade. Conjunto de cerimônias rituais de determinado tipo. Ex. linha de umbanda, linha branca, etc.

Linha Branca: Ritual visando unicamente o bem.

Linha Cruzada: Ritual com influência de duas ou mais procedências.

Linha das Almas: Corrente vibratória que congrega os espíritos evoluídos de antigos escravos africanos.

Linha de Cura: Ritual que se ocupa mais com a cura física e espiritual do adepto, do que com o culto às divindades.

Linha do Oriente: Congrega espíritos que viveram em povos do oriente.

M

Macaia: Folhas sagradas. Local das matas onde se reúnem os terreiros.

Macumba: Antigo instrumento musical usado outrora nos terreiros afro-brasileiros. Nome que os leigos usam para denegrir a umbanda. Nome que os leigos usam para designar “despacho” de rua (pejorativo).

Madrinha: O mesmo que dirigente espiritual, Mãe de Santo, Babá sacerdotisa. Termo utilizado na Umbanda para designar à Entidade Espiritual e/ou Médium que foi escolhido por um Filho de Fé para batizá-lo.

Mandinga: Feitiço, encantamento, também praga rogada em voz alta.

Manifestação: Incorporação, transe mediúnico.

Manifestar: Ato do ser espiritual incorporar-se em alguém, tomar conta do corpo de alguém.

Marafo: Aguardente, termo muito usado pelos exus.

Matéria: Corpo, Parte material do homem, a mais afastada da pureza espiritual.

Médium: Pessoa que tem a Faculdade Especial de servir de intermediário entre o mundo físico e espiritual. Termo do espiritismo, adotado pela umbanda.

Mesa Branca: Denominação dada as sessões de espiritismo Kardecistas.

Mironga: Segredo, mistério.

O

Orixá Cruzado: Entidade pertencente às duas linhas.

Orixá de Cabeça: Orixá principal do médium.

Orixá de Frente: O mesmo que orixá de cabeça.

P

Padrinho: dirigente espiritual, chefe de terreiro. Pai de Santo. Babalorixá. Termo utilizado na Umbanda para designar à Entidade Espiritual e/ou Médium que foi escolhido por um Filho de Fé para batizá-lo.

Parati: Aguardente (Exu, Zé Pilintra).

Patuá: Amuleto que se leva pendurado ao pescoço ou pregado na roupa. Antigamente eram saquinhos de couro ou de pano, com boca amarrada com cordão metálico, junto a uma conta de vidro da cor da divindade protetora. Atualmente são de forma quadrada ou retangular, em couro natural ou sintético, mas cores rituais, contendo Figas de Guiné, Búzio, Estrela de Salomão, etc; ou pedaços de ervas as vezes orações. PA =erradicar doenças, antídoto, TU = propiciar, WA = viver, existir (viver, sem doenças).

Perna de Calça: Significado homem na linguagem de exu e pretos velhos.

Pito: Cachimbo (pretos-velhos).

Ponteiro: Pequeno punhal utilizado em magias e diversos rituais.

Ponto Cantado: Letra e melodia de cântico sagrado, diferente para cada entidade. É uma prece evocativa cantada que tem por finalidade atrair as entidades espirituais, homenageá-las. Quando chegam e despedi-las quando devem partir. Assim os pontos podem ser apenas de louvor ou cantados com finalidades rituais durante determinadas cerimônias.

Ponto de Abertura: Cântico de abertura de uma sessão.

Ponto de Chamada: Cântico que invoca as entidades para virem aos templos.

Ponto de Defumação: Cantado enquanto é feita a defumação do ambiente e dos presentes.

Ponto Riscado: Desenho formado por um conjunto de sinais cabalísticos, que riscado com pemba ajuda a chamar a entidade ao mundo terreno. Quando riscado pelo médium incorporado identifica a entidade.

Porteira: Entrada do templo.

Povo da Encruza: Exus.

Povo de Rua: Exus.

Preceito: Determinação. Prescrição feita para ser cumprida pelos fiéis.

Puxar o Ponto: Iniciar um cântico. É geralmente feito por um ogã.

Q

Quartinha: Vasilha de barro. Com alças é para feminino, sem abas orixá masculino.

Quebrar as Forças: Neutralizar o poder de qualquer feitiço, seja para o bem ou para o mal.

Quimbanda: Linha ritual da umbanda que pratica a magia negra. Essa linha é assim chamada pelos umbandistas da “Linha Branca” pois os praticantes se dizem apenas umbandistas. A Quimbanda, influenciada mais diretamente pelos negros Bantus, Angolas, Cambindas, Benguelas, Congos, Moçambiques, etc. Cultua os mesmos orixás e entidades que a umbanda “branca” mas trabalha principalmente com exus que são considerados espíritos desencarnados. Havendo entre eles os exus em evolução e os quiumbas, mediante encomenda, realizam ou desmancham feitiços. Visando favorecer ou prejudicar determinadas pessoas, geralmente os terreiros de quimbanda chamada macumba para os leigos tem as mesmas características dos da linha de umbanda. Há congas com imagens de santos católicos representativos de orixás, imagens de caboclos e de pretos velhos tendo os exus (ou o exu chefe do terreiro) altar à parte, dentro do salão. As giras de exu são freqüentes na linha da umbanda são raras. Realizadas a partir da meia noite de 6a. feira. Exus e pombas giras danças, fumam charutos ou cigarrilhas, bebem marafo, dizem gentilezas ou palavrões aos assistentes e dão consultas, sobre saúde ou problemas pessoais. A cortina do conga fica fechada. A quimbanda cultua muito Omolu, orixá ligado a terra e à morte. No cemitério é feita uma parte da iniciação de muitos quimbandeiros, devendo o iniciado, deitar algumas horas sobre um túmulo entre velas e cantigas do dirigente e iniciados do terreiro, tendo de cumprir antes e depois diversas obrigações, as roupas em geral são as mesmas da linha da umbanda, havendo porém muito uso do vermelho e preto, cores de Exu e de Omolu. São muitos usados em trabalho com pólvora, pós e ervas mágicas, galos e galinhas pretas. Os despachos são colocados em encruzilhadas em cruz (machos), ou em T (fêmea) com velas, flores e fitas vermelhas em alguidares. Não sendo negativos todos os despachos de rua. Há caboclos e pretos velhos que incorporam na quimbanda, dando consultas em giras separadas dos Exus.

Quiumbas: Espíritos atrasadíssimos. São obsessores apossam-se dos humanos ou “encostam-se” neles, dando-lhes idéias obsedantes de doença, males suicídios, etc. São ainda mistificadores, fazendo-se passar por espíritos mais elevados. Chamados também “rabos de encruza”, estão no sétimo e último plano da hierarquia espiritual sendo vigiados e controlados pelos Exus.

R

Rabo de Saia: Mulher na linguagem dos pretos velhos e exus. Receber: Dar informação a entidade espiritual, entrar em transe.

Receber Irradiação do Guia: Entrar em meio transe ou comunicar-se de algum modo com uma entidade superior.

Riscar Ponto: Fazer desenhos de sinais cabalísticos que representam determinadas entidades espirituais e que possuem poderes de chamamento das mesmas ou lhe servem de identificação.

S

Sessão de Umbanda: Cerimônia, rituais geralmente com a finalidade de cura física e espiritual. Por meio de guias, após dança e toques, com o uso do ponto cantado e riscado, pólvora, aguardente, defumações. Também sessão de desenvolvimento, de aprendizado e aperfeiçoamento dos médiuns, sessões festivas, públicas, com toque de atabaque e danças.

T

Tomar Passe: Receber das Mãos dos médiuns em transe vibrações da entidade, as quais retiram do corpo da pessoa os males provocados por vibrações negativas, provenientes de mau olhado, encosto, castigo das entidades, etc.

Tuia: Pólvora.



FONTE : WIKIPÉDIA BRASIL

Mais um Massacre em nossa trajetória!



Salve a todos!

Hoje estou aqui para escrever infelizmente mais uma vez sobre as perdas que esse mundo impõe as pessoas.
A natureza por sua vez já está cobrando o homem por suas ações compulsivas, onde o lucro está sobre tudo e todos!
O homem está devastando tudo o que encontra pela frente sem dó e piedade, brinca de Deus onde escolhe quem vive e quem morre.
Hoje, mas uma vez uma mão marcou a vida de muitos, pois o gatilho se fez voraz mais uma vez, e o que nos cabe fazer é contar os mortos materialmente falando e os mortos de espírito que ficaram órfãos de seus filhos.
A vida para essas famílias infelizmente tem um giro de 360° sem retorno para o caminho de ogirem, afinal se faz tantos planos para os filhos para que alguém impensadamente tire-as de forma brutal e cruel.
Mas uma vez peço para quem estiver lendo isso , O MUNDO PRECISA DE AMOR!
Chega de se ficar comparando com as pessoas , chega de fazer diferenças sociais , teológicas ou de etnia , pois essa intolerância cria esses seres monstruosos ,que por se acharem fracos perante esse mundo vil , acabam por se fortalecer através do sangue de muitos.
Acho que ninguém nasce assim mas se torna assim por inúmeros fatores que nossa mente ainda não conseguirá entender , mas Oremos por essas famílias , por essas almas que foram retiradas de seus corpos de forma tão brutal.
Amemos mais a nós mesmo assim como nossos semelhantes , pois não podemos mudar o mundo , mas podemos plantar uma semente que se cuidada vai florear e iluminar um pouco nossos passos.
A religião não faz o homem bom , ela simplesmente aponta um caminho a seguir o caminho que Deus nos mostra que é o caminho de Paz , Amor e elevação , que infelizmente pra muitos é algo fútil.
Pois cada vez mais vejo as pessoas apenas buscando as religiões para ganharem mais dinheiro , entre outras coisas é só ligar a televisão e ver os testemunhos dados!
Do fundo de meu coração que nosso Pai Oxalá consiga transmitir um pouco de sua paz aos homens para que eles possam retomar seus caminhos e vibrem mais Amor e menos arrogância!
Não esperemos o mundo “acabar para tentarmos mudá-los , pois primeiro estragamos para depois tentar colar e infelizmente nunca ficará igual ao que era.
Como disse o boiadeiro que trabalha comigo , “ Hoje em dia dizer que se ama Deus é motivo de vergonha , é só ver como as igrejas estão vazias e as boates lotadas!”
“Hoje não se vê mais romaria , mas passeatas para tudo se vê”!
Nessas palavras desse humilde trabalhador do astral espelha infelizmente o que o mundo vibra!
Axé a todos que os Orixás tenham piedade de nós!
Pai Otavio de Xangô 07-04-11