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terça-feira, 29 de junho de 2010

Zé Pelintra


Zé Pelintra
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Zé PelintraZé Pelintra (também Zé Pilintra) é uma personagem folclórica e espiritual das mitologias afro-brasileiras e regionais da umbanda e do catimbó (ou catimba) )[1].

Bastante considerado, especialmente entre os umbandistas, como o espírito patrono dos bares, locais de jogo e sarjetas (embora não alinhado com entidades de cunho negativo), é uma espécie de transcrição arquetípica do "malandro". No seu modo de vestir, bastante típico, Zé Pelintra é representado trajando terno completo na cor branca, sapatos de cromo, gravata grená ou vermelha e chapéu panamá de fita vermelha ou preta.

Apesar de ter importância religiosa tanto para os praticantes de catimbó quanto de umbanda, Zé Pelintra é entidade originária desta última[2]. A absorção da entidade de uma religião por outra se processou quando os grandes centros urbanos do sudeste do Brasil passaram a englobar antigas áreas rurais e estimular a migração de trabalhadores de outras partes do país, em seu processo de desenvolvimento. Na medida em que isso foi acontecendo, os sacerdotes do catimbó passaram a considerar Zé Pelintra como uma entidade pertencente, também, ao seu próprio culto.

Zé Pelintra é invocado quando seus seguidores precisam de ajuda com questões domésticas, de negócios ou financeiras e é reputado como um obreiro da caridade e da feitura de coisas boas.

Diferença entre Zé Pilintra na umbanda e no catimbó
A umbanda é um culto afro-brasileiro com seus próprios rituais e estrutura, enquanto que o catimbó é uma forma regional de sincretismo entre elementos tanto afro-brasileiros, europeus e indígenas (animista, católico e naturalista, portanto) .

Na umbanda Zé Pelintra é tido como um Exu, uma entidade totalmente espiritual de origem não-humana, enquanto que no Catimbó ele é visto como um espírito errante, espírito desencarnado, líder de uma "falange" de "malandros". Também, dentro do Catimbó, Zé Pelintra é acreditado como pertencente à linha das almas, seres humanos desencarnados cuja missão é auxiliar no benefício da Humanidade como forma de expiação de uma vida anterior de extrema dissipação material.

Distribuição de seguidores e fama
Majoritariamente os seguidores de Zé Pelintra concentram-se nos ambientes urbanos de Rio de Janeiro e São Paulo, mas eles também podem ser encontrados no Nordeste do Brasil, entre os "catimbozeiros", e nas áreas rurais de praticamente todo o país.

Zé Pelintra, tanto na umbanda quanto no catimbó, é tido como protetor dos pobres e uma entidade de importância entre as classes menos favorecidas em geral, tendo ganhado o apelido de "Advogado dos Pobres", pela patronagem espiritual e material que exerce.

Na mídia e cultura popular
Walt Disney inspirou-se na entidade para criar sua personagem Zé Carioca (de fato Zé Carioca é um misto entre a imagem do malandro e de Zé Pelintra, já que as duas freqüentemente se confundem no imaginário popular[4].

O famoso compositor e cantor Chico Buarque baseou sua personagem principal na Ópera do Malandro nos modos e trejeitos de Zé Pelintra (novamente um caso onde o folclore urbano se mistura ao religioso) [5].

O músico e compositor Itamar Assumpção escreveu uma música sobre Zé Pelintra em 1988, em parceria com Wally Salomão. Essa música chama-se “Zé Pilintra” (uma outra forma de escrever o nome da entidade) . [6].

Não surpreendentemente o arquétipo do "malandro carioca" (boêmio inveterado) é baseado na fisionomia, estilo de se vestir e modo de vida do mythos de Zé Pelintra

Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Z%C3%A9_Pelintra

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