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domingo, 26 de junho de 2011

"Esperança de Deus" Pai João de Aruanda



Esperança de Deus
PAI JOÃO DE ARUANDA
Ninguém foi chamado sem um objetivo, O chamamento divino pressupõe uma
tarefa definida. Assim também nenhum de meus filhos está participando
da vida do outro por acaso, já que Deus não brinca de acaso com os seres humanos. A Divina
Providência não pode ser comparada às brincadeiras dos deuses gregos, que
jogavam dados com o destino dos homens. Atrás das uniões, dos encontros e das pequenas
atividades realizadas em conjunto, estão grandes planejamentos da espiritualida
de.
Uma comunidade reunida é como um grande caldeirão fervente, no qual o coz
inheiro deposita diversos ingredientes para fazer uma sopa. Lá estão os legumes, de diversas
cores, formatos e texturas, acrescentam-se as verduras, mais delicadas. Nã
o pode faltar o tempero, nem sal demais, nem de menos.
Nessa sopa da fraternidade, os resultados pertencem a Deus, já que você, me
us filho, representa os ingredientes. Nada é desprezado pelo Senhor, que a
tudo supervisiona
com vistas a um objetivo final. As dificuldades que você encontra nos relac
ionamentos fervem a tal ponto que, aos poucos - sem que isso seja notado, a
princípio
-, começam a evaporar-se. Dessa maneira, o caldeirão vai transmutando me
us filhos, mediante o fogo das experiências que surgem na vida em comunidade. Há necessidade
de que, neste momento de transformações do planeta Terra, todos se revi
stam do mais santo comprometimento com a obra do bem. No caso dos médiu
ns, por exemplo, a dedicação de cada um à tarefa do intercâmbio mediúnico deve ser vista como
compromisso do mais alto significado espiritual, porque você é instrument
o do Cristo.
Medianeiros comprometidos são cooperadores de Jesus a serviço das forças
soberanas da vida.
Nas circunstâncias em que meus filhos se sentem magoados ou abatidos, d
esanimados ou feridos de alguma forma cm seus sentimentos, procurem med
itar na vida do Nosso
Senhor. Com os olhos da fé, visualizem Jesus com o corpo deposto sobre a
cruz. Se alguém acha que não é compreendido em suas intençoes, pense em
Jesus em seu calvario,
sendo apedrejado, vaiado e condenado à morte pela multidão: a mesma popul
ação que ele tantas vezes curou, auxiliou, ensinou, aconchegou, escutou.
Se algum de meus filhos acha que seus esforços não estão sendo valorizados
, relembre jesus, cujo corpo foi perfurado pelos pregos da insensatez huma
na e dilacerado
em seu cerne, ao ver o sofrimento motivado pela mais absoluta ignorância.
Após visualizar tudo isso, meu filho, reavalie seus melindres, suas dores
e emoções. Se o Mestre foi tratado de modo tão duro, o que diríamos de nós
, que somos meros
aprendizes do seu amor? Em nenhum momento, no entanto, Nosso Senhor vac
ilou ou desistiu da tarefa. Valorizou sempre aqueles que chamou, mesmo
nos instantes em que
eles próprios lhe viraram as costas.
Enfim, meu filho, Jesus acreditou em nós. Incondicionalmente e sem impor re
tribuições, ele acreditou em nós. Falta a gente acreditar também. Se Jesus
não tivesse
fé na humanidade e, em especial, nos seus colaboradores, não teria retornad
o ao plano espiritual e confiado a obra de regeneração do mundo aos discípu
los.
Ele confiou que todos são capazes, que você é capaz. Somente porque demo
nstrou confiança em cada ser humano é que ele se apresenta ao Pai levand
o consigo, em sua
intimidade, a humanidade vencedora. Sabe que os filhos de Deus têm plena c
apacidade de levar avante a obra que lhes foi confiada.
Não estamos a jogar confete em nossos médiuns, como se vê nas folias de
carnaval, mas incentivando ao prosseguimento da obra como estiverem, onde
estiverem e com quem estiverem meus filhos. Não queremos destacar a fé que eventualmente
tenhamos no Mestre, mas a fé que ele deposita em cada um de nós diariam
ente. O Evangelho
é uma mensagem de esperança. Mas não é a esperança do homem em Deus, e,
sim, a esperança de Deus no homem. Evangelho é isso, meus filhos.
Se a humanidade sobreviveu a duas guerras mundiais e a todo esse tempo de d
iscórdia, dor, doenças e intrigas políticas; se ela sobrevive a vocês mesmo
s, habitantes do planeta Terra, isso é um claro sinal da fé que Deus deposita na humanida
de. Portanto, valorize a fé de Deus e trate de corresponder ao seu chamado
paternal.
Que cada um olhe para dentro de si mesmo, não para seus defeitos, que nos
igualam a todos, mas para as virtudes conquistadas, a capacidade de realiz
ação que se encontra
na intimidade, os esforços empreendidos na caminhada - e prossiga. Observe
tudo isso e aprenda a valorizar as coisas boas e as vitórias obtidas e não
fique se lamentando
com os erros aparentes e as limitações. Sinta-se otimista e confiante, tan
to no futuro quanto nos companheiros que caminham junto com vocês.
Quando meus filhos levantarem as mãos, que sejam mãos santas, abençoadas
pelo esforço de realização. A grandeza do trabalho que meus filhos realiz
am só pode ser compreendida à medida que vocês visualizarem a alegria que despertam nos
desesperados, o sorriso que inspiram nas crianças e a esperança que se es
boça nos olhos
dos velhinhos que vocês beneficiam, em nome do amor.
Continue tocando a melodia do amor na harpa do coração.
Ordinariamente, não se mensura a extensão e a importância dos esforços emp
reendidos na senda do bem até aportar na dimensão extrafísica da vida. Aí,
sim, meus filhos poderão avaliar as conseqüências reais de seus atos. Tenha a certeza de
que cada gesto que meus filhos fazem é abençoado. Tudo o que você empreende com amor é fundamental ,seja o apontar do lápis que os espíritos utilizam para a psicografia, seja
a limpeza do ambiente para receber os convidados de Jesus. Seja a planta,
acariciada pelo amor de vocês, ou a criança, auxiliada no processo educativo. Tudo é
importante, e, em geral, o valor das pequenas coisas é desprezado por muitos
de meus filhos, o que importa para nós, contudo, não é o tanto que realizam, mas a
quantidade de amor e de sentimento que vocês são capazes de depositar nas pequenas
atitudes.
Pensem um pouco nisso, meus filhos, e abençoem a tarefa que vocês abraçaram em nome do Nosso Senhor Jesus Cristo.

Texto extraído do livro " Sabedoria de Preto Velho " de Robson Pinheiro

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